Monge fala sobre compaixão para colaboradores do Pequeno Príncipe
O Complexo Pequeno Príncipe é formado por muitas mãos, que juntas transformam a vida de milhares de crianças e adolescentes de todo o Brasil. Pensando no cuidado como um todo e na participação de cada colaborador nessa missão, a instituição promoveu nessa quarta-feira, dia 26, uma palestra com o tema “Compaixão no Cuidado Hospitalar”. O monge Lama Rinchen Khyenrab (Carlos Henrique Amaral de Souza), que tem mestrado em Psicologia Institucional, foi o responsável por trazer essa mensagem.
Compaixão significa aliviar o sofrimento do outro e promover o bem-estar. “Tem a ver com empatia. Precisamos nos sintonizar na dor do outro, com amor e gentileza”, explicou o monge. Ele também deu um exemplo prático de como o sentimento pode ser aplicado em um hospital. “A compaixão começa quando um médico usa palavras fáceis, por exemplo, para dar um diagnóstico difícil”, disse.
Vivemos em uma sociedade na qual todos são interdependentes. “Somos corresponsáveis uns pelos outros. Ninguém faz nada sozinho. Precisamos entender isso para compreender que a responsabilidade por um paciente é de todos nós. Alguém precisa dar o medicamento, outros preparar a alimentação. Enfim, ninguém está aqui por acaso”, destacou o religioso.
Cada pessoa tem um propósito. “Quando acordamos pela manhã e vemos que estamos bem, devemos pensar no que fazer com esse presente. Que tal nos dedicarmos a algo ou alguém? Em um hospital, os pacientes não precisam apenas de conforto físico, mas também emocional, e isso faz toda diferença”, afirmou Rinchen.
Para cuidar do outro, é preciso estar bem. “Em primeiro lugar, temos que ser gentis e atenciosos conosco, para depois podermos prezar pela vida de alguém”, apontou o monge. De acordo com ele, a atenção com quem cuida é fundamental. “As pessoas que estão na linha de frente, com os pacientes, precisam de zelo constante. Para serem bem-sucedidas, elas devem estar bem”, contou.