Osteoporose infantojuvenil pode estar ligada a doenças crônicas
Ao falar de osteoporose, uma doença que causa a perda progressiva da densidade mineral óssea e aumento da fragilidade dos ossos, é natural que as pessoas associem o problema aos mais velhos. No entanto, ela também atinge crianças e adolescentes. Nesses casos, pode estar ligada a enfermidades crônicas complicações gastrointestinais, reumáticas, renais, pulmonares e endócrinas. Alergias e intolerâncias ao leite também podem prejudicar a massa óssea e causar a doença.
“O uso de alguns medicamentos, como os à base de corticoide, por exemplo, podem comprometer a saúde óssea”, explica a reumatologista do Hospital Pequeno Príncipe, Márcia Bandeira. Apesar disso, alguns outros fatores como situações nutricionais e de causas desconhecidas também podem gerar a diminuição da densidade óssea. A enfermidade é caracterizada por fraturas de repetição, que causam dor e limitação nas atividades rotineiras.
A osteoporose é, na maioria das vezes, assintomática. “O diagnóstico consiste em análises clínicas e de imagem, mas exames mais específicos podem ser necessários”, destaca o ortopedista pediátrico Luiz Antonio Munhoz da Cunha. O tratamento da doença inclui “a realização de exercícios físicos, exposição ao sol, ingestão de leites e derivados, uso de cálcio e vitamina D”, destaca a reumatologista. Além disso, o uso de bifosfonados pode ser necessário. A medicação tem eficácia comprovada no aumento da densidade mineral óssea e diminuição do número de fraturas.
Quando o diagnóstico é precoce, as chances de evitar compressões, fragmentações e achatamento ósseos, são maiores. Uma orientação importante aos pais é que a consulta ao pediatra torne-se uma prática rotineira. Assim, a osteoporose e uma série de outras doenças podem ser prevenidas ainda na infância.