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O que é síndrome nefrótica em crianças?

A síndrome nefrótica é um distúrbio renal raro que pode afetar crianças e adolescentes. Ela é caracterizada pela perda excessiva de proteínas na urina, o que provoca a redução dos níveis de albumina no sangue — proteína essencial para o transporte de nutrientes, a manutenção da pressão osmótica e a recuperação muscular. Como consequência, ocorre o inchaço (edema), sintoma que costuma chamar atenção de pais e cuidadores.
Segundo a Fundação Nacional do Rim, a síndrome nefrótica é mais comum em crianças entre 1 e 4 anos de idade, mas pode acometer outras faixas etárias. Os baixos níveis de proteína no sangue fazem com que a água passe para outras partes do corpo, provocando inchaço principalmente no rosto, abdômen (barriga), pernas e braços.
De acordo com a nefrologista pediátrica Karen Previdi Olandoski, do Hospital Pequeno Príncipe, trata-se de uma condição grave e crônica, que requer acompanhamento constante com um especialista. “É uma doença microscópica, que acomete ambos os rins e não pode ser identificada por exames de imagem. O rim deixa de funcionar como uma barreira seletiva e passa a permitir a passagem de substâncias, principalmente proteínas, para a urina”, explica a médica.
O que causa síndrome nefrótica em crianças?
Em crianças, a síndrome nefrótica costuma surgir entre 1 e 4 anos de idade, e em grande parte dos casos não há uma causa definida.
Apesar de ser uma condição grave e que pode evoluir para uma doença renal crônica terminal em alguns casos, o tratamento é, na maioria das vezes, positivo. “Grande parte das crianças apresenta uma boa resposta e pode alcançar a cura espontânea na adolescência ou no início da vida adulta”, afirma a nefrologista.
Como identificar a síndrome nefrótica?
O principal sinal clínico é o inchaço, que pode surgir inicialmente ao redor dos olhos e pernas e evoluir para todo o corpo. Em alguns casos, o aumento do peso em crianças pode chegar a 40%, em decorrência da retenção de líquidos. Por tratar-se de um sintoma comum a outras doenças, como alergias, a identificação pode ser confundida em um primeiro momento.
O diagnóstico precoce é fundamental, pois quanto mais cedo a doença é identificada mais rapidamente o tratamento pode ser iniciado, o que favorece a recuperação e, muitas vezes, evita internamentos. A confirmação do quadro é feita principalmente por exames laboratoriais, que avaliam a presença de proteínas na urina e os níveis de albumina no sangue. Em crianças, geralmente não há necessidade de realizar biópsia renal, exceto em situações específicas, como quando ocorre dificuldade de resposta ao tratamento inicial.
Tratamento
O tratamento da síndrome nefrótica se baseia no uso de imunossupressores, especialmente corticoides, que ajudam a estabilizar a barreira do rim e a reduzir a perda de proteína pela urina. A resposta é geralmente eficaz, mas pode haver recaídas, especialmente após infecções virais, como gripes e resfriados.
Por esse motivo, a vacinação é uma parte essencial da prevenção. As crianças precisam ser imunizadas com a vacina contra a gripe anualmente e protegidas por meio de imunizantes específicos contra bactérias, como o pneumococo, que podem causar infecções graves nessa população. Dependendo do medicamento utilizado para o controle da doença, é necessário um cuidado ainda maior para evitar infecções.
Além disso, durante o uso de algumas medicações, pode ser preciso que a criança permaneça afastada temporariamente da escola. Entretanto, quando a doença está controlada, é possível levar uma vida normal, com boa qualidade e convivência social.
Serviço de Nefrologia
O Serviço de Nefrologia do Hospital Pequeno Príncipe oferece todas as modalidades de tratamento para a doença renal crônica. Há 40 anos, a instituição realiza atendimento ambulatorial e hospitalar, além de contar com os serviços de hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal. Os pacientes também têm à disposição um ambulatório geral de nefrologia e ambulatórios especializados.
- Confira, no vídeo a seguir, tudo o que você precisa saber sobre a síndrome nefrótica:
O Pequeno Príncipe é participante do Pacto Global desde 2019. E a iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).