Noite do Bem reúne apoiadores do Projeto de Oncologia, Hematologia e TMO
A Noite do Bem, que aconteceu nessa quarta-feira, dia 16, reuniu cerca de 200 apoiadores do Projeto de Oncologia, Hematologia e Transplante de Medula Óssea do Hospital Pequeno Príncipe. O jantar para arrecadar fundos para o projeto também celebrou os 45 anos do Setor de Oncologia da instituição que é o maior do Paraná, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, e está entre os mais importantes do Brasil.
Aproximadamente 80% dos atendimentos são realizados pelo SUS e beneficiam pacientes de todo o país. Uma equipe multiprofissional de excelência técnico-científica e cuidado humanizado é responsável pelo atendimento das mais de 500 crianças em tratamento por ano, que conta com cerca de 120 casos novos. Os desafios são enormes.
“Todo o hospital que atende a crianças e a adultos com câncer precisa de ajuda. E vocês auxiliam a realizar este sonho de um atendimento diferenciado, no qual há o vínculo entre a família e as equipes”, destacou a diretora-executiva do Pequeno Príncipe, Ety Cristina Forte Carneiro.
O diretor-clínico do Hospital, Donizetti Giamberardino Filho, salientou a importância do cuidado com as crianças. “Nossa instituição atende a pessoas. Todos têm que participar porque a causa não é do Pequeno Príncipe, mas pertence a qualquer cidadão buscar condições dignas de atendimento às crianças que precisam”, afirmou.
Paixão pelo que faz
A paixão pelo trabalho desenvolvido no Pequeno Príncipe foi ressaltada como uma das fórmulas do seu sucesso, que fazem com que o serviço seja uma referência no Brasil. “A paixão pelas crianças move o nosso trabalho. Ninguém consegue ver uma criança com câncer sem se derreter”, disse a médica responsável pelo Serviço de Oncologia, Flora Mitie Watanabe. “Toda a equipe trabalha visando o bem-estar das crianças e compartilha a boa vontade, generosidade e amor”, completou.
Já o médico Eurípides Ferreira, coordenador da Unidade de TMO, lembrou da relevância do trabalho em equipe para garantir sempre um serviço de qualidade. “Sem a enfermagem, por exemplo, não é possível fazer qualquer atendimento de qualidade”, observou ele, que realizou o primeiro transplante de medula óssea do Brasil, em 1979, em Curitiba. “Estou há muitos anos no hospital, mas quando tiver que passar o bastão sei que a área estará em boas mãos”, acrescentou.
Apoio fundamental
O apoio dos investidores sociais é fundamental para a manutenção dos serviços de Oncologia, Hematologia e Transplante de Medula Óssea do Hospital Pequeno Príncipe. E muitas dessas pessoas que são engajadas no combate ao câncer e a doenças no sangue de crianças e adolescentes estiveram presentes no evento. E eles evidenciaram o grande valor dos serviços prestados pela instituição.
“Eu fui convidado para ajudar e a causa é muito nobre. Conheci o hospital quando o filho de um amigo meu estava lá. Foi uma situação muito difícil, mas ele tinha acolhida lá, amparo e o nível dos profissionais é muito bom”, declarou Rogério Scheffer, investidor da Água Sistemas de Armazenagem. “Mesmo eu sendo de Ponta Grossa, sei que o atendimento do hospital não é restrito à Curitiba e isso é muito importante”, manifestou.
Isabela Abrão, da Laminort, recordou que os três filhos dela já passaram por atendimentos simples no Pequeno Príncipe. “Comecei a contribuir com o Hospital como uma forma de agradecer pela saúde dos meus filhos, porque vi casos sérios na instituição. A gente se sente muito pequeno diante de coisas sérias. Eu era doadora individual e depois passei a integrar o projeto do TMO. Como sei da seriedade dele, aderi à causa”, falou.
“Se a sociedade apoiasse mais a causa da saúde, a população que não tem condições teria mais acesso a esses serviços. Mas infelizmente ainda não temos a cultura de apoiar. E entendo que é o mínimo que quem tem condições deveria fazer”, opinou André Abrão, da empresa Marca Laser e marido de Isabela.
Tereza Cristina Conti Queiroz Campelo, que é investidora como pessoa física, também esteve presente na Noite do Bem e contou que a sua história com o Pequeno Príncipe começou há dez anos, quando, por conta de seu trabalho, acompanhava pacientes e pais vindos do interior em suas consultas e procedimentos no Hospital. “Ali presenciei muitos momentos de preocupação e dor, sempre minimizados pelo excelente trabalho dos profissionais, que com muito carinho confortavam as crianças e seus familiares. Além de ter visto muitas situações de alívio e alegria pela cura alcançada. Essa convivência me fez querer dar um pouco de mim para ajudar a uma instituição exemplar”, relatou.
Por fim, o engenheiro civil e sócio-diretor da Giacomazzi Construtora, Andrei Giacomazzi, trouxe à memória o envolvimento da família dele com o Hospital e reconheceu a seriedade dos serviços prestados pela instituição. “Eu conheço o Pequeno Príncipe há muito tempo, mas a minha relação mais próxima com a organização começou no ano passado. Eu decidi apoiar a causa, mais especificamente da Oncologia, porque acredito que ela é verdadeira. É algo que conhecemos o trabalho e que vale a pena ajudar”, concluiu.