No verão, brincadeiras na água exigem cuidados especiais com as crianças - Hospital Pequeno Príncipe

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No verão, brincadeiras na água exigem cuidados especiais com as crianças

Dados do Ministério da Saúde revelam que os afogamentos são a segunda causa de morte e a sétima de hospitalização na faixa etária de 0 a 14 anos
21/01/2021
Brincadeiras na água exigem supervisão constante dos adultos.

Além dos cuidados impostos pela pandemia à nossa rotina, o verão pede atenção especial às crianças quando o assunto é brincadeiras na água. Em casa, com a necessidade de isolamento social, pias, tanques e baldes podem oferecer riscos aos meninas e meninas. Fora isso, com a crise hídrica que assola o Paraná e a necessidade de racionamento, exageros não são nada recomendados.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, os afogamentos são a segunda causa de morte e a sétima de hospitalização na faixa etária de 0 a 14 anos. Um levantamento da ONG Criança Segura, de 2017, aponta que no Brasil morreram 954 garotos e garotas, o que representa uma média de 2,6 óbitos por dia.

Por isso, no mar, na piscina e em outros momentos de lazer é preciso ficar atento. “As crianças nunca devem ficar sozinhas, mesmo que utilizem boias. O acessório de segurança também pode ser uma armadilha, já que elas conseguem tirar com facilidade”, destaca o médico pediatra Eduardo Gubert, que atende no Hospital Pequeno Príncipe.

O afogamento normalmente ocorre de maneira rápida e silenciosa. Basta um breve momento em que o menino ou menina não esteja sob a supervisão de um responsável. Em apenas dois minutos submersa, ela perde a consciência. Após quatro minutos, completa o material divulgado pela ONG Criança Segura,  danos irreversíveis ao cérebro podem ocorrer.

Os pais e responsáveis devem ficar atentos aos riscos.

Por essas e outras razões, também é necessário respeitar as normas de segurança do ambiente. Muitas bandeiras e avisos sinalizam perigos em alguns locais. “Se está lá é para obedecer”, afirma o médico.  Em caso de acidentes, é fundamental prestar os primeiros socorros com urgência. “Caso não haja ninguém apto no local, é preciso buscar ajuda. Quanto mais rápido for o processo, menos chance de sequelas”, ressalta Gubert.

Vale ressaltar ainda que, sem aglomeração, a praia está liberada. Estudos revelam que as ações dos raios ultravioleta e a água do mar diminuem a força do coronavírus. Por isso, manter o distanciamento social, evitando grandes concentrações de pessoas, além do uso de máscaras e da constante higienização das mãos são medidas essenciais para todas as idades.

O médico pediatra Eduardo Gubert, que atende no Hospital Pequeno Príncipe, traz orientações importantes para garantir um verão perfeito.

Férias sem dor de cabeça

Confira algumas orientações da ONG Criança Segura:

* Nunca deixe crianças sozinhas quando estiverem dentro ou próximas da água, nem por um segundo. Nessas situações, garanta que um adulto estará as supervisionando de forma ativa e constante o tempo todo
* Ensine as crianças que nadar, sem ninguém por perto, é perigoso
* Tenha um telefone próximo à área de lazer e o número do atendimento de emergência sempre visível (SAMU – 192; e Corpo de Bombeiros – 193)
* Fique atento! Crianças pequenas podem se afogar em qualquer recipiente com mais de 2,5 cm de água ou outros líquidos, seja uma banheira, pia, vaso sanitário, balde, piscina, praia ou rio
* Ensine as crianças a não correr, empurrar, pular em outras crianças ou simular que estão se afogando quando estiverem na piscina, lago, rio ou mar.

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