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Medicação sem danos: linha de cuidado garante assistência segura
Os medicamentos são amplamente utilizados na assistência à saúde e seus prejuízos correspondem a 50% de danos evitáveis. Por isso, o Dia Mundial da Segurança do Paciente, lembrado em 17 de setembro, tem a segurança de medicamentos como tema escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O Hospital Pequeno Príncipe adota uma gestão estruturada e sistêmica para garantir um cuidado ainda mais seguro e completo ao paciente.
Durante todo o período de assistência, a instituição promove a interação entre as equipes multidisciplinares, especialmente farmacêuticos, médicos e profissionais da enfermagem. “Destaque importante para a Farmácia Clínica, que discute vários fatores em relação à segurança e protocolos estabelecidos junto ao médico. O Programa de Stewardship de Antimicrobianos, por exemplo, é uma das iniciativas que visa o uso mais efetivo desses medicamentos – que, quando usados indiscriminadamente, são uma das principais causas das superbactérias”, ressalta o médico Fábio de Araújo Mota.
Etapas que garantem uma medicação sem danos
Logo ao chegar ao Hospital Pequeno Príncipe, a família é questionada sobre as medicações de uso contínuo que a criança ou o adolescente utiliza, bem como se há algum medicamento a que é alérgico. “Esses dados já são inseridos no sistema e é gerado um alerta para o profissional caso gere risco ao paciente ou de interações medicamentosas. O alerta indica também a duplicidade de itens prescritos”, explica o médico.
O erro de dose é um perigo muito comum na área de pediatria, e o Hospital Pequeno Príncipe é pioneiro em produzir um sistema de unitarização de doses. Só em agosto, mais de 75 mil doses foram fracionadas para esse público, com etiquetas e embalagens diferenciadas. “Isso proporciona segurança, porque a equipe de enfermagem recebe a medicação certa, diluída e identificada, eliminando uma série de etapas de potenciais riscos”, destaca.
A administração do medicamento, entretanto, é um ponto que precisa de muita atenção. Por isso, além da conferência da medicação pelas equipes de farmácia e de enfermagem, é imprescindível que o familiar e/ou o paciente também o faça. E esse ponto vai ao encontro da campanha da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Sobrasp), a qual estimula que a população conheça o medicamento, verifique se estão corretos o paciente, medicamento, via, dose e horário, e pergunte em caso de dúvida.
“Esse envolvimento é primordial, porque ao entender o motivo do medicamento a família vai ter participação mais ativa e, eventualmente, barrar uma não conformidade”, completa o médico, que também pontua ser um direito do paciente recusar tomar uma medicação. Por fim, na orientação de alta, é muito importante que a continuidade do uso do medicamento seja resguardada e garantida. “Esse momento é sensível e de muito risco, por isso o paciente precisa ter todas as informações necessárias”, finaliza.