Fundador da Bematech fala de empreendedorismo e de responsabilidade social no Pequeno Príncipe
O engenheiro Marcel Malczewski, que em 1990 ajudou a fundar a Bematech, provedora de soluções completas de tecnologia para empresas, ministrou palestra na tarde de sexta-feira, dia 18, para colaboradores da área de Novos Projetos do Complexo Pequeno Príncipe. De maneira bem-humorada, o empresário contou como ajudou a transformar um projeto de mestrado para desenvolvimento de impressora em uma multinacional que está presente em 500 mil estabelecimentos comerciais e emprega mais de mil pessoas.
Malczewski foi apresentado aos presentes pelo diretor-corporativo do Pequeno Príncipe, José Álvaro da Silva Carneiro. “Marcel é nosso apoiador e sua vida e ações são inspiradoras”, disse. O empresário abriu a palestra dizendo que “é bom trabalhar para uma empresa que tem uma boa marca”, como o Pequeno Príncipe. “Com uma marca séria, a vida fica mais fácil”, afirmou.
Na palestra “Diário de um empreendedor”, o empresário lembrou que a história dele não é comum no Brasil. No começo, a Bematech tinha uma sala, dois sócios e dois computadores. “Começar uma empresa do zero era complicado e continua sendo”, afirmou, sobre as dificuldades para conseguir recursos. Com a entrada de investidores que acreditaram no projeto, a empresa conquistou espaço na área de impressoras fiscais. “A competição existe em qualquer área, mas é preciso ter um produto bom e trabalhar duro”, comentou.
Numa segunda etapa, os sócios decidiram entrar na área de software e, para conseguir fazer aquisições, abriram o capital e lançaram ações no mercado. Segundo Malczewski, foi o momento mais importante de sua trajetória profissional. Em 2010, depois de deixar a presidência da empresa, na qual é membro do conselho de administração, criou a M3, para investir em projetos com alto potencial de crescimento. De empreendedor, tornou-se um investidor para dar apoio a outros empreendedores e “ajudá-los a errar menos”.
Ao responder perguntas dos participantes, o empresário defendeu investimentos na área social por parte de empresas e pessoas físicas. Contou que o apoio ao Pequeno Príncipe “vem de longa data” e acrescentou que a Bematech foi uma das primeiras a levar uma linha de montagem para dentro de presídio feminino. “Você tem de estar junto com a comunidade. Tenho visto isso no mundo todo.” Ele disse ainda que gosta de investir em projetos com crianças, porque tem impacto no futuro.
Antes de sair, Malczewski comentou que o curitibano deveria valorizar mais o Pequeno Príncipe. “É uma instituição exemplar de tudo o que se pode esperar de algo voltado para o bem, para a saúde. Quem conhece, sabe a qualidade que tem.”