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Evento atrai olhar da indústria às potencialidades de terapias e diagnósticos avançados
A parceria do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe e da Faculdades Pequeno Príncipe no 1.º Encontro de Rotas Biotecnológicas, realizado de 18 a 20 de outubro, em Curitiba, foi uma grande oportunidade para a indústria conhecer ainda mais as potencialidades do conhecimento produzido no Pequeno Príncipe para a transformação de terapias avançadas. Entre eles, produtos de origem biológica, que vão da bancada ao leito do paciente.
Para a pesquisadora Katherine Athayde Katherine, do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, o evento proporcionou uma confluência entre indústria, pesquisadores e alunos, permitindo uma perspectiva de colaborações. “Muito importante para as indústrias identificarem as pesquisas apresentadas como produtos que também aceleram essa cooperação, que é capaz de fomentar a criação de empregos e gerar incentivos de pesquisas”, detalhou.
Papel da ciência e tecnologia
O diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa, reforçou no encerramento do evento o papel da ciência e tecnologia aliado à inovação, que auxilia a promover o desenvolvimento territorial, por exemplo. “Nosso trabalho tem sido de mobilização e integração dos ativos de CT&I para atender o desenvolvimento do Paraná, focado na riqueza e bem-estar. Queremos apoiar as instituições, mobilizar, intermediar, facilitar, ser o ente mobilizador disso tudo”, disse.
Diagnósticos avançados
A palestra de abertura do último dia de debates do 1º Encontro de Rotas Biotecnológicas com foco em Terapias e Diagnósticos Avançados foi ministrada pelo pesquisador Roberto Rosati, do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, sobre transcriptoma como método de detecção de genes de fusão no câncer. O estudo analisa as ferramentas e os desafios desse sequenciamento de RNAs, molécula essencial na síntese de proteínas.
De acordo com Rosati, os painéis de genes são interessantes de serem feitos em pacientes porque fornece um panorama personalizado de diagnósticos. “Se existe a possibilidade de fazer gene de fusão hoje, temos que considerar que daqui a 10 anos estaremos fazendo transcriptoma em pacientes oncológicos, por exemplo. Portanto, vale a pena pensarmos sobre o que queremos construir daqui a 5, 10 anos”, pontuou e reforçou que a análise está chegando, apesar do alto custo de implementação.
Em seguida, foi apresentada a utilização da bioinformática para análise molecular de transtornos neurognéticos, a partir de organoides de células de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os participantes também conheceram o desenvolvimento de nova vacina contra a COVID-19 baseada em nanopartículas e a personalização da medicina por meio de banco de dados. A corrida tecnológica da inovação farmacêutica e os aspectos regulatórios dos produtos de terapia celular e gênica no Brasil foram outros temas abordados por pesquisadores e professores.
Sobre o 1º Encontro de Rotas Biotecnológicas
Realizado nos formatos on-line, via YouTube, e presencial no Campus da Indústria da Fiep, em Curitiba, o evento contou com mais de 3.700 participações durante os três dias de programação. Também foram arrecadadas 3.600 fraldas que serão doadas para o Hospital Pequeno Príncipe.
O evento, que integra iniciativas do Pequeno Príncipe no Mês, Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovação, teve promoção do Sebrae/PR e Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), com parceria do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe (IPP) e Faculdades Pequeno Príncipe (FPP), do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), e apoio da Fundação Araucária e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).