Erotização precoce traz danos às crianças - Hospital Pequeno Príncipe

Notícias

Erotização precoce traz danos às crianças

Às vésperas do carnaval, é preciso cuidado redobrado com a exposição dos meninos e meninas a músicas, danças e atitudes que não condizem com a faixa etária em que se encontram
07/02/2018

Apesar de ser uma festa popular e contemplar importantes elementos culturais da nossa sociedade, o carnaval também pode trazer riscos às crianças. Quando expostas a atitudes, roupas, músicas e danças impróprias para a idade, elas podem ser vítimas de traumas causados pela erotização precoce. As consequências podem ser graves e resultar até mesmo em abusos e violência.

É preciso respeitar a fase em que os meninos e meninas se encontram e não pular etapas. “Temos que prezar pelas condições psíquicas, competências intelectuais e pelo desenvolvimento físico próprio da infância. Expor as crianças a experiências que elas não estão preparadas pode gerar traumas”, explica a psicóloga do Hospital Pequeno Príncipe, Daniela Prestes.

De acordo com a profissional, a sexualidade faz parte do desenvolvimento do ser humano. O problema está na erotização precoce. “O que ocorre é uma banalização da sexualidade e uma vulgarização das relações humanas. Quando os meninos e meninas estão sujeitos a condições que não estão de acordo com a sua faixa etária, a sexualidade é desviada para uma objetificação dos corpos, para o sensual, para o que excita”, aponta.

A criança não tem consciência dessa condição, mas pode ser influenciada por ela quando adulta. “Isso pode refletir na construção das emoções, nas relações afetivas e no estabelecimento de papéis dentro de uma casa, por exemplo”, destaca a especialista.

O papel dos pais, dos cuidadores e de toda a sociedade, nesses casos, é proteger os meninos e meninas. “Não devemos exagerar e impedir que eles escutem músicas com letras impróprias ou vejam coisas com as quais não estão preparados para lidar. Isso é inevitável. Mas temos o dever de não alimentar essas ações e dialogar com eles sobre o que viram e ouviram”, disse a psicóloga.

Preservar a saúde da criança e guardar seus direitos é lei, o cuidado integral dos meninos e meninas é um direito fundamental previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. “Seguindo esses princípios, teremos adultos mais bem formados e aptos para construir uma sociedade melhor’, afirma Daniela.

+ Notícias

02/12/2025

Dia de Doar: quando a generosidade transforma futuros

No Brasil, a data destaca a urgência de fortalecer organizações sociais que geram impacto na vida de milhares de meninos e meninas
01/12/2025

Pequeno Príncipe conquista Prêmio Humanizar a Saúde 2025

Projeto Bem-Estar é reconhecido na votação popular na categoria Saúde Mental
23/11/2025

Câncer infantil: diagnóstico precoce aumenta chances de cura em até 80%

Hospital pediátrico alerta para a importância de reconhecer sintomas que muitas vezes se confundem com os de doenças comuns da infância
19/11/2025

Play For a Cause leiloa medalhas que representam três gols do rei contra Senegal em apoio ao Instituto Pelé Pequeno Príncipe

Itens de ouro, prata e bronze cunhados pela Casa da Moeda do Brasil celebram momento histórico de 1967 e terão renda destinada à pesquisa científica dedicada à saúde de crianças e adolescentes
18/11/2025

Quais são as consequências da distorção de imagem na adolescência?

A busca por um “rosto perfeito” pode, na realidade, esconder sofrimento emocional
12/11/2025

Pequeno Príncipe Norte recebe equipe do Cindacta II para conversa sobre preservação e integração ambiental

O encontro discutiu ações conjuntas para a manutenção das áreas verdes das instituições
Ver mais