Dia Mundial do Diabetes é lembrado nesta quinta-feira
Uma data para ações de conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento correto da doença. Assim é o Dia Mundial do Diabetes, lembrado nesta quinta-feira, 14 de novembro.
Segundo a quinta edição do Atlas da Federação Internacional de Diabetes, de 2012, 371 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos são portadoras da doença no planeta. Desse total, 50% não têm consciência do diagnóstico. O Brasil, de acordo com a publicação, ocupa a quarta posição no ranking mundial, com 13,4 milhões de casos.
Caracterizado pelo aumento anormal de açúcar no sangue, o diabetes se apresenta de três formas: o tipo 1 – mais frequente em crianças e adolescentes – ocorre quando o pâncreas deixa de produzir a insulina; o tipo 2 se manifesta geralmente em adultos em decorrência de hábitos alimentares inadequados, falta de exercícios físicos e estresse; e o diabetes gestacional, em que a taxa de glicose no sangue fica elevada durante a gravidez.
Pessoas com diabetes não conseguem transformar alimentos em energia. Por isso, no tipo 1, são necessárias aplicações diárias de insulina para normalizar a taxa de açúcar no sangue. Como a doença não tem cura, é importante diagnosticá-la precocemente e realizar o tratamento correto, para evitar problemas nos olhos, rins, insensibilidade nas mãos e pés, lesões de difícil cicatrização, e complicações neurológicas e vasculares.
Nas crianças
O Atlas da Federação Internacional de Diabetes aponta um crescimento anual de 3% nos casos tipo 1 no mundo, principalmente em menores de 14 anos. A estimativa é que, em média, cerca de 78 mil crianças e adolescentes com até 15 anos desenvolvam a doença todo ano.
A endocrinopediatra Gabriela de Carvalho Kraemer, do Hospital Pequeno Príncipe, alerta para alguns dos principais sinais do diabetes. “Nas crianças, os sintomas mais comuns são sede e urina em excesso e perda de peso. Se os pais perceberem isso, devem procurar um pediatra”, disse.
De acordo com a médica, não há restrições em relação à alimentação de crianças diabéticas. “É um mito que elas não podem comer carboidratos. Podem consumir, mas de forma regrada.”
Outra orientação aos pais é alertar a escola, para que os professores saibam identificar sinais de hiperglicemia e de hipoglicemia que a criança possa apresentar em horário de aula.
Nos adultos
Entre os adultos, incluem-se outros sinais da doença, como o aumento do apetite, perda de peso, cansaço, vista embaçada ou turvação visual, infecções frequentes, especialmente na pele.
Dicas para quem tem diabetes:
- substitua o açúcar pelo adoçante;
- diminua o consumo de carboidratos (farinha de trigo, arroz e batata);
- dê preferência para arroz e trigo integral;
- reduza o consumo de gordura;
- prefira consumir frutas com casca, pois a fibra ajuda a evitar a súbita elevação da glicemia;
- pratique exercícios físicos regularmente.