Dia da Criança com Deficiência chama atenção para a inclusão

Ao cruzar os corredores do Centro de Reabilitação e Convivência Pequeno Príncipe inúmeras histórias de esperança se entrelaçam, como a de Laura Motta, de 10 anos. Ainda na gestação, Daiane Motta descobriu que a filha tinha a síndrome de Arnold-Chiari (malformação rara do crânio) e mielomeningocele (malformação da coluna vertebral), após diagnóstico de um médico neurocirurgião que atendia no Pequeno Príncipe. Antes de nascer, a pequena Laura já tinha todo o suporte do maior e mais completo hospital exclusivamente pediátrico do país.

Mas a história de Laura não é apenas sobre procedimentos médicos; é sobre superação, inclusão e qualidade de vida. Neste Dia da Criança com Deficiência, comemorado anualmente em 9 de dezembro, o destaque é para a importância do Centro de Reabilitação e Convivência Pequeno Príncipe, que desde os 6 meses da menina se tornou um refúgio onde ela e a mãe encontraram todo o suporte de que precisaram. A unidade atende crianças e adolescentes com diversos tipos de deficiência física, visual, auditiva, múltiplas e doenças raras.

A importância da inclusão

Com apenas 13 horas de vida, Laura foi submetida à primeira cirurgia de muitas outras que vieram. Ao longo dos seus 10 anos, vem sendo acompanhada por várias especialidades no Hospital, como neurologia, urologia, nefrologia, ortopedia, oftalmologia e gastroenterologia, que se complementam com as terapias e diversas atividades oferecidas no Centro de Reabilitação e Convivência.

Daiane ressalta a importância da inclusão desde cedo, evidenciando que o acompanhamento na unidade contribuiu para fortalecer a autoestima de Laura. “A inclusão da criança com deficiência começa desde quando é pequena, pois precisamos cuidar da autoestima dela. Tratar desde a infância aspectos psicológicos e emocionais, construindo uma base sólida para a qualidade de vida no futuro. Ela tem algumas limitações, mas isso não impede que ela sonhe e realize. E estamos aqui para ajudá-la a ter condições para isso”, completa a mãe.

A psicóloga e gerente do Centro de Reabilitação e Convivência Pequeno Príncipe, Patricia Bertolini, reforça que a unidade se preocupa não só com as questões físicas, relacionadas à saúde e reabilitação física das crianças, mas também com relação à inclusão e saúde mental. “Por meio de esportes adaptados, palestras nas escolas dos pacientes, passeios externos e outras atividades lúdicas e educacionais, proporcionamos às crianças e aos adolescentes oportunidade de sair, passear e ter acesso à cultura, promovendo a inclusão. É importante que essas crianças circulem em todos os ambientes e se fortaleçam para conviver na sociedade. Assim, focamos na potencialidade da criança e não na deficiência e na dificuldade”, pontua.

Momentos de convivência

Para além da reabilitação (fisioterapia, psicologia, terapia ocupacional e serviço social), o Centro de Reabilitação e Convivência Pequeno Príncipe promove a convivência e inclusão por meio de diversas atividades. Em 2023, foram realizadas sessões de cinema, visita no aeroporto e, no sábado, dia 2, uma festa natalina para celebrar mais um ano que passou. A atividade integrou as famílias e contou com a apresentação da orquestra do Projeto Garoto Cidadão de Araucária e do Coral Pequeno Príncipe, além de entrega de presentes aos participantes.

O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3) e Redução das Desigualdades (ODS 10).