Desenvolvimento do bebê: da gestação ao parto

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Desenvolvimento do bebê: da gestação ao parto

O vínculo formado, as relações emocionais e os estímulos durante a gravidez fazem parte da Primeiríssima Infância
18/04/2024
Da gestação ao parto
O apoio emocional e prático é essencial para garantir um ambiente acolhedor e estimulante ao bebê e para o bem-estar materno.

Durante a gravidez, antes mesmo de nascer, os bebês já começam a relacionar-se com o mundo. Na fase intrauterina, ocorre a conexão entre a gestante e o bebê. Essa relação vai além do aspecto físico e envolve também questões emocionais e psicológicas.

Um ambiente emocionalmente saudável ao longo da gestação desempenha papel fundamental, assim como a participação e apoio familiar e os estímulos que o bebê recebe ainda no útero.

Na gravidez, o apoio à gestante é essencial, explica a educadora Dreice Duarte, do Hospital Pequeno Príncipe. “Nesse período, que faz parte da Primeiríssima Infância, é comum aparecem novas dúvidas e inseguranças. Do mesmo modo que o bebê requer atenção e cuidado, a mãe, diante de tantas transformações físicas e hormonais, também precisa de suporte prático e emocional”, enfatiza.

Da gestação ao parto

Os cuidados com orientações médicas, alimentação, organização de um espaço para receber o bebê, amamentação, informações sobre os direitos ao parto, expectativas de sua chegada, escolha do nome e tantas outras formas de preparar-se são fundamentais para desenvolver o sentimento materno e paterno. E isso garante ao bebê o cenário ideal para a sua chegada.

O pré-natal, por exemplo, contribui para um início de vida saudável e para a participação ativa da mulher durante a gestação e na hora do nascimento do filho. Por meio das consultas médicas, é possível acompanhar o desenvolvimento fetal em todas as suas etapas, detectar precocemente possíveis complicações e orientar os pais e a família com informações sobre o parto.

Vínculo entre a gestante e o bebê

Desde a percepção dos primeiros sintomas da gravidez, a mãe e o bebê estabelecem uma comunicação corporal, e a partir disso o vínculo se constrói. Além dos cinco sentidos desenvolvidos ainda na gestação, o feto também percebe as diferentes posturas do corpo materno. Por exemplo, se a mãe está deitada ou em pé, se está parada ou caminhando, se está dormindo, se o coração dela está batendo mais rápido ou mais lentamente.

Durante a gestação, a mãe também alimenta o bebê com os sentimentos, emoções e pensamentos. Portanto, quanto mais tranquila ela estiver, melhor para ambos.

Participação familiar

A rede de apoio formada nos meses de gravidez é importante para os cuidados com o bebê. Isso porque a gestação não é uma responsabilidade exclusiva da mulher, mas também do pai e dos demais familiares.

“Participar do pré-natal, se envolver no planejamento do parto, na chegada do bebê e nos cuidados da criança, desde os primeiros meses, é responsabilidade da mãe e do pai nessa parceria de cuidados e aprendizado mútuo. Contar com uma rede de apoio que se estende para além do núcleo familiar também é importante, pois proporciona uma base sólida de amparo”, complementa a educadora.

O apoio emocional e prático é essencial para garantir um ambiente acolhedor e estimulante ao bebê e para o bem-estar materno. Além disso, o envolvimento ativo dos familiares no cuidado e na interação com o pequeno contribui para o seu desenvolvimento social, emocional e cognitivo, visto que o feto já tem potencial para estabelecer comunicações e reter memórias afetivas.

Estímulos na gestação

O estímulo do desenvolvimento pode começar na gravidez, por meio de interações indiretas ou diretamente com a barriga da mãe. Algumas formas de estimular os sentidos do bebê dentro da barriga estão descritas a seguir.

– Música: estimula a audição. Algumas músicas, se colocadas com frequência durante a gravidez, podem até ser reconhecidas pelo bebê após o nascimento e tranquilizá-lo.

– Leitura de histórias: atividade que se perpetua na memória da criança. Mesmo dentro do útero, o bebê consegue envolver-se ao sentir as diferentes vibrações e emoções contidas na fala dos pais na hora de ler uma história. Ler as mesmas histórias depois do nascimento pode acalmar e relaxar o bebê, pois ele estará ouvindo algo que já conhece.

– Conversas: é outra forma de criar um vínculo e estimular o desenvolvimento de forma oral, com o bebê ainda na barriga. Você pode contar como foi seu dia ou quais os planos para o futuro, por exemplo. Esse tipo de prática, assim como a leitura de histórias, oferece estímulos ao filho, fazendo com que ele responda com movimentos em muitas das vezes. Interações como essas fazem com que novas conexões cerebrais sejam criadas e fortalecidas no bebê.

– Massagem: mesmo ainda dentro do útero, por meio do toque, o bebê pode sentir-se calmo e relaxado. O ideal é que esse momento ocorra em um ambiente tranquilo, para que a experiência seja completa e bem aproveitada pela mãe e a criança. A massagem pode ser realizada por meio de movimentos constantes, circulares e de vai e vem, em diferentes direções.

Programa Primeiríssima Infância

O objetivo do Programa Primeiríssima Infância do Hospital Pequeno Príncipe é empoderar os cuidadores, durante o tempo de internamento, por meio do compartilhamento de informações e reflexões sobre temas relacionados ao desenvolvimento infantil. Essa troca de informações com os pais ou responsáveis pelos pacientes ocorre por meio de rodas de conversa e diversas oficinas – como as de musicalização, relaxamento, brinquedos e brincadeiras, shantala e leitura.

Saiba mais sobre a Primeiríssima Infância!

  • Confira, na playlist a seguir, mais informações sobre a Primeiríssima Infância:

O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).

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