Depressão também atinge crianças e adolescentes
Ao contrário do que muitos pensam, crianças e adolescentes também sofrem de depressão. Apesar da ausência de dados estatísticos, estima-se que, no Brasil, de 1% a 3% da população entre 0 e 17 anos sofra desse distúrbio, ou seja, aproximadamente oito milhões de meninos e meninas. Essa condição é crescente, e o diagnóstico precoce pode evitar prejuízos no desenvolvimento dos jovens.
Choros sem motivos, irritabilidade, alterações no sono e no ritmo alimentar, desinteresse para brincar e frequentes queixas de dores são alguns dos sintomas da depressão infantojuvenil. “São geralmente desencadeados em decorrência de conflitos nas relações familiares ou por dificuldades no acompanhamento escolar. Esse último pode gerar, até mesmo, recusa em ir à escola”, explicou a psiquiatra do Hospital Pequeno Príncipe, Maria Carolina Serafim.
Para a especialista, diante desses sintomas, os pais precisam procurar um médico. “As fases de tristezas são naturais na vida de qualquer pessoa, mas elas não podem acarretar em problemas maiores ou que se prolonguem por muito tempo e prejudiquem o desenvolvimento . Nesses casos, é necessário buscar a ajuda de um profissional”, destacou.
Transtornos como a depressão, de acordo com Maria Carolina, podem ainda evoluir em prejuízos maiores e também trazer riscos ao longo do desenvolvimento e da vida de meninos e meninas. “Por isso, a observação atenta dos pais é tão importante. Os meninos e meninas precisam sentir que existem pessoas que gostam de brincar e conversar com eles”, apontou.