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Amizade se transforma em força para as mães da UTI Neonatal
Segundo o dicionário, a palavra amizade quer dizer “sentimento de afeição, estima, ternura, que une uma pessoa a outra sem implicar, necessariamente, a existência de laços de família”. E essa é a representação da conexão de Viviane Bernardo Carlota e Beatriz Cardoso Martins, que começou durante o período de internamento de seus filhos na UTI Neonatal do Hospital Pequeno Príncipe.
A aproximação das duas foi fortalecida ao longo da permanência e regada com a esperança oferecida pelas outras mães, que estavam havia mais tempo acompanhando os filhos. É uma grande rede de solidariedade de desconhecidas que passam a ser o ombro amigo de um dia para outro.
“No momento que eu estava entrando na UTI Neonatal com meu filho, fui acolhida por outras mães. Hoje lembro disso e me dá forças para fazer o mesmo com quem chega depois. Sempre falamos que somos uma família, porque estamos juntas todos os dias, em todos os momentos”, conta Viviane, mãe do paciente Lucca Bernardo Rodrigues, de 5 meses de vida.
Neste Dia do Amigo, comemorado em 20 de julho, a instituição reforça a importância dos laços afetivos e da participação dos pais e responsáveis em todo o processo de tratamento e acompanhamento das crianças. Há mais de três décadas, o Programa Família Participante garante aos pacientes internados o direito de permanecer com um acompanhante ao seu lado durante toda fase de internamento, oferecendo também a estrutura necessária para a permanência no ambiente hospitalar.
A amizade entre as mães de UTI nasce, em sua grande maioria, pela identificação entre elas no momento de angústia que estão enfrentando, de acordo com a psicóloga Angelita Wisnieski da Silva, do Hospital Pequeno Príncipe. “É importante lembrar que essas mulheres chegam à UTI enquanto vivenciam sua fase de puerpério, um período de fragilidade em que a mãe precisa de um amparo externo. Em casa, elas têm ajuda do parceiro, das mães, de tias, mas quando estão na unidade elas estão privadas dessa rede de apoio. Por isso, é natural elas fortalecerem vínculos, porque essas mulheres podem estar vivenciando uma condição de desamparo semelhante”, explica.
E esse vínculo não apresenta benefícios só para as mães. A redução do estresse e da ansiedade dos pais tem impacto positivo na criança – que, desde os primeiros meses de vida, é sensível ao que acontece à sua volta. “Entendemos que a organização interna e externa da mãe também faz com que a criança se sinta mais segura para seguir evoluindo no quadro de saúde. Se o ambiente e as pessoas que cuidam da criança estão agitadas, a possibilidade de o bebê ficar ansioso é maior. Agora, se a mãe estiver presente e tranquila, se puder oferecer colo e companhia com serenidade, a tendência é que a criança fique mais calma e confortável”, detalha a psicóloga.
O suporte da equipe multiprofissional, que cuida dos bebês e das mães, e o amparo construído na unidade fazem com que a união de famílias se torne combustível para vencer o momento difícil. “O relacionamento com outras mães é muito importante, porque uma vai passando segurança e força para a outra. É um vínculo forte que, mesmo criado em pouco tempo, com certeza vai perdurar fora do Hospital”, conta Beatriz, mãe do paciente Guilherme Martins, de 4 meses.
UTI Neonatal
Referência nacional no atendimento de bebês prematuros, a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital Pequeno Príncipe é voltada exclusivamente para bebês recém-nascidos a termo ou prematuros que precisam de cuidados intensivos e tratamentos diferenciados. O serviço recebe crianças de diversas maternidades e hospitais que necessitam de intervenção cirúrgica ou atendimento para diagnosticar doenças de alta complexidade, além de malformações.