A idade do diagnóstico do TDAH faz a diferença?

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A idade do diagnóstico do TDAH faz a diferença?

Os pais e cuidadores têm papel essencial no processo, pois frequentemente são os primeiros a notar os sintomas da condição neurobiológica
24/06/2024
diagnóstico TDAH
O processo de diagnóstico do TDAH pode levar de 6 meses a um ano e os pais e cuidadores têm papel essencial.

Os sintomas do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) podem aparecer entre os 3 e 6 anos de idade e perdurar durante a adolescência e vida adulta, segundo o National Institute of Mental Health. O diagnóstico precoce, por meio de avaliação multiprofissional, é essencial para melhorar a qualidade de vida e o desenvolvimento de crianças e adolescentes.

O neuropediatra Anderson Nitsche, do Hospital Pequeno Príncipe, pontua que o tempo para diagnosticar pode variar, mas leva, em média, de seis meses a um ano. Afinal, envolve uma avaliação abrangente, com coleta de informações de várias fontes, como pais, professores e profissionais de saúde. Além disso, há observações diretas do comportamento da criança e análise de possíveis doenças relacionadas.

Alguns fatores podem tornar o diagnóstico do TDAH mais difícil. Isso porque os sintomas podem ter semelhanças com os de outras condições, como ansiedade, depressão, dificuldades de aprendizagem e até autismo. “Por outro lado, as crianças podem apresentar comportamentos diferentes em ambientes distintos. Desta forma, a percepção dos sintomas e a aceitação da possibilidade diagnóstica do TDAH pelos pais e educadores podem variar”, complementa.

Afinal, a idade do diagnóstico do TDAH faz a diferença?

Sim, o diagnóstico do TDAH ainda na infância é de suma importância por diferentes razões. Primeiramente, permite a implementação precoce de intervenções terapêuticas e educacionais. Com o diagnóstico e tratamento corretos, as crianças tendem a apresentar uma melhor qualidade de vida.

“Isso contribui para a prevenção ou redução da gravidade dos prejuízos nas relações sociais, aprendizagem e desempenho geral na vida, tanto no ambiente doméstico quanto no escolar”, pontua o neuropediatra. Além disso, com esse encaminhamento definido, as próprias escolas podem ajustar as abordagens pedagógicas de forma personalizada e, assim, promover um ambiente mais inclusivo e eficiente.

Por outro lado, a falta de diagnóstico e tratamento do TDAH na infância pode resultar em impactos negativos na vida adulta. Por exemplo, dificuldades para concluir a escolaridade, manter empregos estáveis e enfrentar desafios nas relações interpessoais. “Além disso, há também um risco aumentado de desenvolver condições de saúde mental como depressão, ansiedade e abuso de substâncias. Ademais, lidar com os sintomas sem o devido suporte pode levar a uma baixa autoestima e autoconfiança”, enfatiza o especialista.

Pais e cuidadores e seu papel no diagnóstico

Frequentemente, os pais e cuidadores são os primeiros a notar os sintomas do TDAH. Portanto, têm o papel fundamental de fornecer informações detalhadas aos profissionais de saúde sobre o comportamento da criança em diferentes contextos. E, dessa forma, colaborar durante o processo de avaliação multiprofissional. “Além disso, é essencial que ofereçam apoio emocional e encorajamento à criança, contribuindo para a melhoria da autoestima e do bem-estar geral”, explica o médico.

Por outro lado, professores e terapeutas também desempenham um papel crucial ao alertar sobre os sintomas e dificuldades apresentadas pela criança. Além de ajudar na implementação de estratégias de manejo do TDAH tanto em casa quanto na escola.

Saiba mais sobre TDAH!

Serviço de Neurologia

Serviço de Neurologia do Hospital Pequeno Príncipe é considerado um dos mais completos na área da pediatria. É formado pelo Ambulatório de Epilepsia, Ambulatório de Distúrbios de Movimento e Paralisia Cerebral, Ambulatório de Erros Inatos do Metabolismo, Ambulatório de Distúrbios de Aprendizagem e Serviço de Eletroencefalografia. Além de transtornos como o TDAH, a especialidade atende e trata pacientes com doenças raras, problemas de memória, distúrbios dos movimentos, distúrbios do sono, crises convulsivas, entre outros.

  • Confira, na playlist a seguir, mais informações sobre o TDAH em crianças e adolescentes:

O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).

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