Manual sobre câncer infantojuvenil
Nesta semana, foi distribuído um manual para pacientes do Pequeno Príncipe e seus acompanhantes, com informações básicas que buscam orientar, confortar e auxiliar nos cuidados de rotina e hábitos de vida adequados aos limites e possibilidades do câncer infantojuvenil. A publicação faz parte do Projeto Saber + Participar Melhor, que tem como objetivo desenvolver uma jornada do paciente rumo ao protagonismo no tratamento, à construção da sua autonomia e à qualidade de vida.
23 de novembro: Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil
O câncer é uma doença que requer atenção e cuidado. É a principal causa de morte por enfermidade entre crianças e adolescentes de zero a 19 anos, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca). Apesar disso, com a evolução dos tratamentos, pode ser tratada e superada. O diagnóstico precoce aumenta a chance de cura em até 80%. Pensando nisso, nesta quarta-feira, dia 23, é lembrado o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil.
Ainda não se sabe bem ao certo quais são as causas dessa enfermidade. Apesar disso, alguns fatores de risco já foram identificados. “O uso de drogas na gestação, a exposição a agrotóxicos e inseticidas, síndromes como a de Down e pré-disposições genéticas são possíveis causas da doença”, explica a oncologista pediátrica do Hospital Pequeno Príncipe, Ana Paula Kuczynski Pedro Bom.
De acordo com a médica, é importantíssimo que os pais e profissionais de saúde estejam atentos aos sinais e sintomas da enfermidade. “Cada tipo de câncer tem a sua característica específica, mas alguns são mais gerais como: dores que não melhoram acompanhadas de febre, palidez, perda de peso, vômito, alterações visuais e tumorações no abdômen”, exemplifica. “É fundamental lembrar que as chances de cura estão diretamente ligadas ao tempo do diagnóstico”, reitera Ana Paula.
Tratamentos adequados são imprescindíveis no combate ao câncer. “A quimioterapia, radioterapia e cirurgias são os principais tipos de tratamento. Eles envolvem uma equipe multidisciplinar formada por enfermeiros, psicólogos, médicos e fisioterapeutas, entre outros”, aponta a oncologista.
Aspectos psicológicos do câncer
Quando as famílias e os pacientes recebem o diagnóstico da doença, alguns sentimentos como dúvida, medo, raiva, culpa, desânimo e ansiedade costumam aparecer. Nesse caso, o apoio de toda a comunidade é essencial. “O suporte emocional do paciente com câncer já começa no momento em que o médico dá o diagnóstico. É preciso humanizar todas as formas de tratamento. Além disso, essa criança deve ser acolhida pelos amigos, familiares e demais grupos sociais”, destaca a médica.
Oncologia, Hematologia e Transplante de Medula Óssea no Hospital Pequeno Príncipe
O Serviço de Oncologia e Hematologia do Pequeno Príncipe é atualmente o maior do Paraná voltado exclusivamente a crianças e adolescentes, de acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde, e está entre os mais importantes do país.
A área iniciou suas atividades em 1968, ao oferecer atendimento a pacientes oncológicos e hematológicos. Em 2011, o serviço também passou a realizar transplantes de medula óssea. Em 48 anos de atuação, firmou-se como referência no tratamento de tumores sólidos e doenças hematológicas malignas e não malignas.