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Erineide Aparecida Neves: um legado de amor e dedicação
A profissional Erineide Aparecida Neves iniciou a jornada no Hospital Pequeno Príncipe em 1987. Mesmo sem formação, a instituição deu uma oportunidade para que pudesse começar sua carreira. Com muita dedicação e vontade de aprender, ela cresceu. Finalizou o curso de Auxiliar de Enfermagem e, posteriormente, graduou-se como enfermeira. Desde então, Neide – como é carinhosamente chamada – dedicou sua vida ao cuidado de milhares de meninos e meninas. Prestes a aposentar-se, ela leva consigo a certeza de que fez a diferença na vida daqueles que cruzaram seu caminho.
Raízes e inspirações
“Sou de Arapongas e vim para Curitiba aos 11 anos com a minha família. Sempre quis ser enfermeira. Quando soube, por meio de uma vizinha que trabalhava na copa, que o Pequeno Príncipe contratava sem experiência, preenchi a ficha e, para minha alegria, fui contratada. Desde então, nunca pensei em sair. A irmã Isaura, que atuava na gestão da enfermagem, foi uma grande inspiração. Ela me deu a oportunidade, ensinou e acreditou no meu potencial. Além dela, uma mãe de um paciente também me incentivou a continuar estudando, dizendo que eu tinha potencial.”
Conhecimento aliado ao crescimento profissional
“Depois que o cargo de atendente de enfermagem deixou de existir, fiz o curso de Auxiliar de Enfermagem por meio de uma prova de suplência. Em 1990, fui para a UTI Geral, onde fiquei até 2005. Passei 15 anos na UTI, lidando com casos cardíacos e clínicos gerais. Quando ia começar o técnico, decidi me desafiar a ir direto para a graduação de Enfermagem. Trabalhei dois meses na supervisão noturna e, depois, recebi o convite para atuar na UTI de Cardiologia. Quando me formei, a irmã Isaura me ofereceu a oportunidade de assumir a UTI de Cardiologia. Foi um grande desafio me tornar enfermeira administrativa – que na época era chamado de chefe de posto.”
Momentos marcantes
“Muitas histórias de superação me marcaram. Mas algo que mexe comigo é a comida. Isso começou quando uma paciente de 4 anos estava com muita vontade de comer farofa e melancia, e providenciei para ela. Infelizmente, o quadro dessa paciente evoluiu para óbito. Mas isso me marcou muito e me fez sempre atender aos desejos de comidas dos pacientes, seguindo as orientações nutricionais e médicas, porque sei que muitas vezes não teriam a oportunidade de comer o que desejavam.”
Evolução do Pequeno Príncipe
“O Hospital cresceu muito, especialmente na área tecnológica. Lembro de quando lavávamos seringas de vidro e luvas para reutilizar. Hoje, temos muito mais recursos, e isso melhora o atendimento e otimiza o tempo beira-leito com o paciente, que é muito valioso. Além disso, foi muito gratificante ver a inauguração da UTI de Cardiologia 2 e saber que fiz parte dessa evolução.”
Segunda casa
“O Pequeno Príncipe é minha segunda casa. Foi aqui que me deram a oportunidade sem ter experiência e onde fui estudando e crescendo. Além disso, meus três filhos passaram pelo Centro de Educação Infantil (CEI) e foram atendidos no Hospital. A minha filha mais velha realizou um estágio aqui, e a mais nova entrou como jovem aprendiz, foi estagiária e tornou-se colaboradora. O Pequeno Príncipe também faz parte da história deles.”
Legado de amor e dedicação
“É difícil pensar em encerrar a carreira, mas vejo que plantei uma semente e fiz a diferença na vida das pessoas. Assim como o Hospital fez a diferença na minha. Hoje, expresso minha gratidão a Deus por cada momento vivido nesta jornada. Sou grata à Direção de Enfermagem pela confiança em meu trabalho. Agradeço também às equipes das UTIs de Cardiologia 1 e 2, cujo comprometimento foi fundamental para alcançarmos os resultados que obtivemos. Não posso deixar de mencionar o apoio essencial da equipe multidisciplinar e dos médicos, assim como a amizade e suporte dos colegas que se tornaram parte inseparável dessa trajetória.”