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Atendimento de psicologia hospitalar do Pequeno Príncipe completa 40 anos
O cuidado humanizado faz parte da essência do Pequeno Príncipe, que desde a década de 1980 conta com atendimento de psicologia hospitalar. Os 40 anos da atuação de psicólogos na instituição reforçam o compromisso que o Hospital tem com o atendimento de qualidade para os pacientes e o apoio aos familiares. Só em 2021, foram realizados 16.532 atendimentos a esse público.
Uma das fundadoras do serviço no Hospital, Tatiana Forte, que também é diretora de Extensão da Faculdades Pequeno Príncipe, destaca que a humanização faz parte da essência do Pequeno Príncipe. “Antes da formalização do Serviço de Psicologia, a instituição já realizava atendimentos humanizados aos pacientes. A qualidade na assistência, ensino e pesquisa fazem parte da construção da história centenária da instituição”, pontua a psicóloga.
O apoio psicológico oferecido pelo serviço atende os pacientes e seus familiares em questões relacionadas ao adoecimento, tratamento e hospitalização, com o respeito à individualidade de cada um. “Buscamos acolher e minimizar o sofrimento dos pacientes, englobando medidas preventivas e de reabilitação. O desenvolvimento de protocolos específicos, como o preparo para transplantes e atendimento às vítimas de violência e abuso sexual, são diferenciais da atuação dos psicólogos na instituição”, conta a coordenadora do Serviço de Psicologia do Pequeno Príncipe, Angelita Wisnieski.
História impactada pelo Serviço de Psicologia
O Serviço de Psicologia fez parte da vida de diversas crianças e adolescentes que já passaram pela instituição, e uma dessas pacientes é a Maria Eduarda Colman. Aos 8 anos de idade, a menina descobriu que tinha escoliose e, após realizar consultas em outras instituições, foi encaminhada para o Pequeno Príncipe. No Hospital, a paciente teve atendimento multiprofissional, incluindo o psicológico. Como morava em Prudentópolis, Maria Eduarda e a família viajavam para Curitiba para realizar as consultas.
“Foi um período cheio de desafios para nós, porque era tudo novo. Mesmo sendo pequena, fiquei muito abalada com a situação. Até porque usei por um ano um colete ortopédico e tinha que utilizar por 18 horas todos os dias. Tinha vergonha de usar o colete e de ir para a escola com ele. Em vários momentos vinha na minha cabeça os pensamentos de por que eu tinha que passar por tudo isso. Ter o acompanhamento psicológico nestes momentos fez toda a diferença na minha vida”, lembra.
A jovem e ex-paciente da instituição é estudante de Farmácia, na Faculdades Pequeno Príncipe, e revela que decidiu profissionalizar-se na área da saúde para atuar no Hospital. “Escolhi a Farmácia porque queria atuar no Pequeno Príncipe. Hoje eu sou estagiária na instituição. Isso é muito especial para mim, pois é uma forma de agradecer e retribuir tudo o que fizeram por mim”, finaliza Maria Eduarda Colman, colaboradora do Laboratório de Análises Clínicas.
Assistência e ensino
O Pequeno Príncipe oferece ensino na área da psicologia há muito tempo. Os cursos de férias ministrados a estudantes de diversas partes do Brasil, que são realizados no Hospital, a Especialização em Psicologia da Saúde e Hospitalar e o curso de Graduação em Psicologia, juntamente com o Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Criança e do Adolescente da Faculdades Pequeno Príncipe, são pilares no ensino da área na instituição.
O Hospital entende a importância da sinergia da assistência com o ensino e a pesquisa, conjunto fundamental para a qualidade no atendimento às crianças e aos adolescentes. O Serviço de Psicologia dispõe de programas de estágio para os estudantes de graduação em Psicologia e pós-graduação em Psicologia da Saúde e Hospitalar da Faculdades Pequeno Príncipe, além de ser campo de estágio para os residentes em psicologia do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Criança e do Adolescente.
Além disso, o serviço também se dedica ao desenvolvimento de pesquisas na área da psicologia. Durante o ano de 2020, com a pandemia de COVID-19, o Serviço de Psicologia, em parceria com o Núcleo de Humanização e o Núcleo da Qualidade, realizou a ação BAOBA (Busca Ativa para Orientação Baseada em Apoio e Acolhimento). Os psicólogos realizaram escutas ativas diárias nos diversos setores do Hospital, oferecendo apoio e orientação aos profissionais. Essa ação resultou na escrita e publicação de um artigo em revista científica na área de psicologia.
Programa Família Participante
O Hospital Pequeno Príncipe foi precursor de políticas públicas ao garantir aos pacientes internados o direito de permanecer com um acompanhante ao seu lado durante todo o período de hospitalização. Essa proposta foi formalizada por meio do Programa Família Participante, que oferece estrutura e apoio para o acompanhante permanecer na instituição, com apoio psicológico, assistência social, atividades de educação, cultura e lazer, quatro refeições diárias gratuitas, sala exclusiva para guardar pertences e áreas de convívio para descanso e higiene pessoal.
Os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que residem fora da região metropolitana de Curitiba e vêm à capital paranaense para a realização de consultas, exames e procedimentos contam com a Casa de Apoio para hospedagem e alimentação. O espaço de acolhimento recebe gratuitamente mães, pais ou responsáveis e as crianças ou adolescentes em tratamento, vindos de todas as regiões do Brasil. Oferece quartos, sala de convivência e multiatividades, banheiros, cozinha e espaço de lazer para os pacientes, além da área administrativa.
O Serviço de Psicologia organizou, sistematizou e implantou o Programa Família Participante na instituição, que é uma extensão do cuidado oferecido às crianças e aos adolescentes, pois fortalece o vínculo afetivo entre os pacientes e seus familiares, além de reduzir o tempo de internamento de 17 dias para 3,7 dias.
Psicologia hospitalar
Fundamental para o tratamento de crianças e adolescentes, a psicologia hospitalar é parte essencial do Pequeno Príncipe. Diferentemente de outras áreas da psicologia em que os tratamentos podem ser feitos em longo prazo, os psicólogos hospitalares buscam desenvolver o começo, meio e fim de um tratamento enquanto a criança permanecer internada. Isso faz com que os métodos, as técnicas e os instrumentos sejam adaptados ao contexto hospitalar.
“No Hospital, nós trabalhamos a intervenção psicológica de curta duração. Alguns pacientes ficam 10, 15 dias internados, o que não possibilita a realização de um tratamento longo, como é feito pela psicologia clínica tradicional. Entre esse período em que a criança ou adolescente fique internada, nós precisamos fazer o tratamento com início, meio e fim, com foco na doença e hospitalização”, explica Tatiana Forte.
Histórico do atendimento de psicologia hospitalar
– No início dos anos 1980, o Hospital Pequeno Príncipe firmou parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) para a abertura de campo de estágio na instituição na área de psicologia clínica.
– Entre 1982 e 1983, foi formado um grupo de psicólogos e estagiários para realizar atendimento de psicologia hospitalar às crianças e aos adolescentes hospitalizados.
– Em 1986, o Pequeno Príncipe oficializou o Serviço de Psicologia, de extrema importância no contexto hospitalar. Ainda nesse ano, a psicóloga e uma das fundadoras do Serviço de Psicologia no Pequeno Príncipe, Tatiana Forte, defendeu seu Trabalho de Conclusão de Curso intitulado “Projeto Mãe Participante em um hospital de pediatria”, que deu origem ao Programa Mãe Participante no Hospital.
– Em 1991, o Programa Família Participante foi formalizado, substituindo o Mãe Participante do início dos anos 1980.
– Em 2010, a Faculdades recebeu a autorização do Ministério da Educação (MEC) para a abertura do curso de graduação em Psicologia.
– Em 2012, teve início o Programa de Residência Multiprofissional da Faculdades Pequeno Príncipe.
– Em 2015, o Serviço de Psicologia também teve importante participação na criação do Comitê de Bioética Hospitalar do Pequeno Príncipe.