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Mitos e verdades: convulsões
A convulsão é um distúrbio que provoca uma contração involuntária dos músculos do corpo ou de uma parte dele, devido ao excesso de atividade elétrica em algumas áreas do cérebro. Confira, abaixo, mitos e verdades sobre convulsões, segundo o neurologista pediátrico Alfredo Löhr Júnior, do Hospital Pequeno Príncipe.
Mitos e verdades sobre convulsões
1 – Convulsão e epilepsia são sinônimos?
MITO. Epilepsia implica duas ou mais crises, já a convulsão pode ser autolimitada, ou seja, pode acontecer um único episódio. Outra diferença é que na convulsão há movimentos involuntários do corpo, rigidez e perda de consciência, o que nem sempre acontece nas crises epiléticas.
2 – Febre alta pode provocar convulsão?
VERDADE. Febres mais altas, geralmente acima de 38°C, podem provocar crises convulsivas. Porém, para que elas aconteçam, é preciso ter uma predisposição genética.
3 – Na convulsão, deve-se segurar a criança?
MITO. Durante uma crise convulsiva, deve-se manter a criança deitada, de preferência de lado, deixando as vias aéreas livres. Não se deve, no entanto, introduzir o dedo ou qualquer outro objeto na boca da criança. É importante secar eventuais secreções liberadas pela boca para manter a garganta e o nariz livres. Se a convulsão for longa – a partir de dez minutos –, deve-se transportar a criança nessa mesma posição para um pronto-atendimento, a fim de que ela receba cuidados médicos.
4 – Quem tem convulsão, tem problemas mentais?
MITO. A ocorrência de uma crise convulsiva não significa que a criança tenha um problema no seu desenvolvimento. Porém crises muito longas (acima de 30 minutos) podem afetar o cérebro. Crises com duração acima de dez minutos já requerem acompanhamento médico e possível tratamento.
5 – A criança fica confusa depois da crise?
VERDADE. Dependendo da região do cérebro afetada na convulsão, a criança pode sim ficar bastante confusa. Também é comum ela perder a consciência durante a crise, aumentando o quadro de confusão mental.
6 – Existe tratamento para as convulsões?
VERDADE. Antes de qualquer coisa, é preciso cuidar das medidas posturais do paciente, acomodando-o da forma correta e segura (deitado de lado e com as vias aéreas liberadas). Após a crise, deve-se investigar o motivo que provocou a convulsão (febre, meningite etc.) para então decidir qual tratamento iniciar.