Dicas para a rede de apoio contribuir com a amamentação
* Buscar informações de qualidade e que possam auxiliar no momento, proporcionando mais segurança à mãe.
* Apoiar, não julgar e priorizar frases de elogios e incentivo, pois nesse momento é muito importante que a mãe perceba a empatia e afeto.
* Incentivar a busca por apoio especializado, se necessário, para adaptar o momento de acordo com as necessidades do bebê.
* Dividir os cuidados com o bebê e a casa, para que ninguém se sobrecarregue. Ações culturalmente exercidas pela mãe podem ser feitas pelo pai, por exemplo.
* Apesar da atenção ser voltada aos bebês, é muito importante que a mãe também seja cuidada, assistida e sinta que é amada e que não está sozinha.
Semana Mundial de Aleitamento Materno: proteger a amamentação é uma responsabilidade coletiva
Com o tema “Proteja a amamentação: uma responsabilidade compartilhada”, a Semana Mundial de Aleitamento Materno de 2021 destaca a necessidade de a mulher ter uma rede de apoio em todos os âmbitos e locais. Nesta data, lembrada de 1º a 7 de agosto, o Hospital Pequeno Príncipe reforça também a importância desse ato para o desenvolvimento saudável das crianças e o seu papel no fortalecimento de vínculo entre mãe e filho.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), por ano, cerca de seis milhões de vidas são salvas devido ao aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade. O aleitamento materno é considerado a estratégia mais eficaz para a prevenção de infecções e redução da mortalidade infantil.
No Brasil, a prevalência da amamentação exclusiva entre bebês menores de 6 meses aumentou de 2,9%, em 1986, para 45,7%, em 2020. Em relação às crianças menores de 4 anos, a taxa passou de 4,7% para 60% no mesmo período. O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os 2 anos de idade ou mais e, de forma exclusiva, nos seis primeiros meses de vida, mesmo para as mães que tiveram casos confirmados da COVID-19.
Responsabilidade compartilhada
Neste ano, a campanha chama a atenção à importância de uma rede de proteção para estabelecer a amamentação e garantir o prolongamento dessa prática. “A mulher precisa contar com uma rede de apoio, que pode envolver desde os profissionais de saúde, incluindo os pediatras, até grupos de mães, amigos, familiares e a própria sociedade como um todo”, enfatiza o médico pediatra neonatologista Luiz Renato Valério.
De acordo com ele, diversos fatores podem interferir na amamentação, por isso o estímulo de familiares às mães é fundamental. No aleitamento materno, ocorre a produção de ocitocina e prolactina, que são hormônios oriundos da mesma região do cérebro que libera o estresse. “Por isso, se a lactante se sente insegura, desmerecida ou pressionada, isso impacta diretamente na produção de leite. Assim, ter um ambiente acolhedor e tranquilo para amamentar é extremamente importante”, explica o pediatra.
Inúmeros benefícios
“Um bebê que mama tem gosto de mãe, cheiro de mãe, calor de mãe, carinho de mãe”, diz o pediatra. Os benefícios da amamentação são inúmeros. E, mesmo para as mães que, por algum motivo, precisem adquirir alimentação por meio de fórmulas, é essencial realizar o ato de uma forma carinhosa. Confira mais detalhes no vídeo a seguir.