COVID-19: dicas importantes para proteger as crianças
Em tempos de isolamento social e prevenção ao coronavírus, todo o cuidado é necessário. Em relação às crianças, deve ser redobrado. Por conta disso, diante da pandemia anunciada pela Organização Mundial da Saúde, o Hospital Pequeno Príncipe buscou formas de adaptar as rotinas de suas equipes, fluxos e espaços para acolher casos suspeitos e confirmados de infecção pelo COVID-19 entre seus pacientes.
O médico infectologista pediátrico do Hospital Pequeno Príncipe, Victor Horácio de Souza Costa Júnior, diz que ainda são raros os casos de crianças sintomáticas. Por ser tudo muito recente, ainda existem muitas questões a serem respondidas em torno do assunto. “O baixo número de casos não significa que elas estão menos sujeitas à infecção ou que elas simplesmente não pegam. Elas podem ser infectadas, não desenvolver a doença e se tornar transmissoras”, fala.
No Pequeno Príncipe, uma ala inteira está reservada para o atendimento de crianças com síndrome respiratória aguda, sejam casos suspeitos ou confirmados. Os trabalhos são conduzidos por três médicos, reduzindo drasticamente a possibilidade de exposição de outros profissionais ao problema.
Ainda assim, vale a pena, entre esse público, a adoção de medidas preventivas diferenciadas. “Evite que crianças tenham contato com os idosos, que fazem parte do grupo de risco e estão mais vulneráveis à doença. Os pais precisam estar atentos também aos cuidados básicos de prevenção: higiene das mãos, alimentação saudável, ensinar a etiqueta da tosse e a ingerir bastante líquido”, completa o médico.
Caso surjam sintomas da doença entre as crianças, os pais só devem levá-las a um pronto-atendimento no caso de febre e/ou dificuldade de respirar. “Lembrando que nesta fase muitas estão infectadas pelo vírus influenza, que apresenta sintomas similares ao coronavírus”, pondera Victor Horácio.