Férias e inverno aumentam os riscos de acidentes domésticos e doenças com as crianças
A chegada do inverno e o período de férias escolares são sempre momentos de alerta aos pais e responsáveis. Nessa época, é preciso uma atenção especial à saúde das crianças. “É um período que, apesar de curto, requer cuidado redobrado dos pais, tanto em relação à maior disseminação de doenças respiratórias como pelo risco aumentado de acidentes domésticos. Pela diminuição da temperatura, as crianças passam a brincar quase que exclusivamente dentro de casa. E é aí que ‘mora’ o perigo”, explica o médico intensivista pediátrico do Hospital Pequeno Príncipe, Eduardo Gubert.
O médico lembra que ficar em casa geralmente parece seguro. “Mas infelizmente ainda temos muitos acidentes domésticos graves que poderiam ser evitados com cuidados simples de prevenção. O grande risco é não prever o que a criança de cada idade pode fazer ao explorar a casa e acreditar que ela está sempre sob supervisão. Quando eles acontecem, geralmente são em segundos e se mais graves trazem um sentimento de culpa muito grande para o cuidador”, reitera Gubert.
Doenças
Para evitar as principais doenças do inverno, como gripe, resfriado, bronquiolite, infecção de garganta e suas complicações, Gubert lembra que é preciso intensificar o cuidado com a higiene. “A lavagem das mãos e o uso de álcool gel são de fundamental importância nesse período em que vivemos em ambientes mais aglomerados e com menos circulação de ar. Manter a criança bem hidratada também vai ajudá-la a eliminar melhor o acúmulo de secreção nas vias respiratórias, desde o nariz até os pulmões. E, por último, a criação de um ambiente saudável, livre de pó, poeira e fumaça de cigarro ou poluição ajuda muito a evitar esses tipos de infecção, principalmente na criança pequena”, observa.
O médico intensivista pediátrico do Hospital Pequeno Príncipe, Eduardo Gubert, reforça alguns cuidados por faixas etárias:
0-6 meses – Cuidar com quedas. Principalmente entre 5 e 6 meses, de um dia para o outro, a criança passa a rolar e pode cair de um sofá ou de uma cama.
6-12 meses – Cuidar com engasgos. Alimentos estão ganhando de brinquedos hoje em relação a engasgos graves. Se a criança já estiver engatinhando ou andando, não permitir que ela entre na cozinha sozinha. É um local de conhecido risco para as crianças pequenas.
1-5 anos – Principal fase investigatória. Aqui entram diversos tipos de acidente: queimaduras, afogamento, quedas mais feias, intoxicações com remédios.
5 anos ou mais – Crianças se espelham no que os adultos fazem. O exemplo é o melhor remédio. Nessa fase é importante evitar a “falsa” supervisão, quando uma criança maior toma conta de menores, por exemplo.