Artigos científicos na era digital - Hospital Pequeno Príncipe

Notícias

    Artigos científicos na era digital

    Produzir, publicar e utilizar as redes sociais para disseminar foram temas abordados ontem, no primeiro dia do Workshop e Curso de Redação de Artigos Científicos, que integra o II Simpósio de Nanobiotecnologia, em Curitiba
    19/04/2013

    Orientar estudantes e profissionais de diversas áreas técnicas sobre a produção de publicações acadêmicas é o objetivo do Workshop e Curso de Redação de Artigos Científicos começou ontem e termina hoje em Curitiba paralelo ao II Simpósio de Nanobiotecnologia. A proposta do curso é orientar os participantes para que possam melhorar suas habilidades e preparar artigos e outros manuscritos mais assertivos.

    O professor Valtencir Zucolotto, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo – São Carlos, apresentou a escrita científica como um gênero literário. “É difícil publicar um bom artigo, não basta ter os bons resultados da pesquisa, é preciso também saber escrever – ainda mais em países nos quais o inglês não é a primeira língua”, explicou o professor.

    Segundo Zucolotto, um bom artigo deve trazer novidades, ser claro, conciso e sempre citar as referências utilizadas. Nessa linha, o professor também destaca que utilizar parte de artigos próprios anteriores é autoplágio. “Pode ser da mesma linha de pesquisa ou ter referências a trabalhos anteriores para situar ideias, mas apenas republicar é algo antiético”, destaca.

     Publicar e disseminar
    Após os cuidados com a elaboração e publicação é imprescindível. É famosa nos meios acadêmicos a máxima “publish or perish”, (ou seja: publique ou morra) que coloca pressão nos profissionais para que estejam sempre produzindo novas pesquisas e se fazendo presente nas melhores publicações mundiais.

    Donald Samulack, presidente da Cactus Communication Inc, é um expert em publicações científicas no mundo e viaja para diferentes continentes para explicar como publicar e se fazer notar em meio à enxurrada de informações disponíveis. “É essencial para os pesquisadores marcar presença nas mídias sociais. Hoje, os pesquisadores podem não achar tão importante, mas daqui cinco anos vai ser algo essencial”, aponta o especialista que está pela primeira vez no Brasil.

    A dobradinha academia e mídias sociais têm tudo para se consolidar na opinião de Samulack. “Causar impacto e ser notado se tornam cada vez mais imprescindíveis em meio a tanta informação disponibilizada. Temos que aprender com os jornalistas a disseminar o conhecimento material. A imprensa está fazendo isto há muito tempo, mas a academia ficava limitada às suas publicações específicas. Isto mudou”, ressalta.

    Se antes a publicação era o último passo de um trabalho acadêmico, agora é apenas um começo. O papel da própria imprensa também mudou neste novo mundo digital. “Se antes a imprensa dependia do recebimento de releases para saber o que estava acontecendo no mundo acadêmico, agora ela tem na internet uma ferramenta de procura que a torna ativa neste processo de divulgar novas pesquisas.”

     Dicas
    – Marque presença na web com contas no Twitter, Linkedin e outras redes nas quais você possa expor sua pesquisa e também encontrar outros pesquisadores.
    – Faça contato com blogs que abordam o seu tema de pesquisa.
    – Figure seu nome em vários sites que tenham crosslinks, valorizando sua exposição na internet.
    – Aproxime-se da assessoria de imprensa da instituição na qual você realiza a pesquisa para potencializar sua pesquisa na imprensa.
    – Faça parte das conversas, no Brasil e no mundo, por meio da internet. Torne-se conhecido e respeitado na sua área para ter visibilidade.
    – Sites voltados ao mundo acadêmico: Research Gate, Mendeley, Plos, CiteULike, Academia.edu, Google Scholar e outros específicos a cada área.
    – Ao decidir por onde quer ser publicado, não pense apenas na “marca” ou prestígio da publicação, mas sim naquela que atinge seu público alvo.
    – Acompanhe sua presença (citações) na web. Se o resultado for positivo, você pode até incluir no seu currículo.
    – Evite publicações predadoras, que não são consideradas sérias. Para se informar sobre o assunto, ele recomenda acompanhar pela internet sites que monitoram estas publicações, como o Beall’s List.

    + Notícias

    26/07/2024

    Doenças congênitas: o que são e quais as causas e os tipos mais comuns

    A atenção médica desde a gestação é crucial para identificar e tratar os defeitos congênitos e, assim, garantir melhor qualidade de vida para as crianças
    22/07/2024

    O que é a educação positiva?

    Respeito mútuo, educação não violenta e encorajamento contribuem para a formação de crianças mais seguras, confiantes e responsáveis
    19/07/2024

    Pequeno Príncipe recebe representante do St. Jude Global e da Aliança AMARTE no Brasil

    O Hospital integra o esforço global do St. Jude para combater o câncer, especialmente em países pobres e em desenvolvimento, e participa da Rede AMARTE no Brasil, com o mesmo propósito
    16/07/2024

    Corrida e Caminhada Pequeno Príncipe 2024: veja como foi!

    A oitava edição contou com a participação de mais de duas mil pessoas em uma mobilização social que uniu esporte e solidariedade
    13/07/2024

    ECA: ampliação de leis fortalece proteção contra violência

    Entre as atualizações, está a inclusão de bullying e cyberbullying no Código Penal. Neste Dia do ECA, o Hospital Pequeno Príncipe chama a atenção para dados alarmantes destes tipos de violências
    10/07/2024

    Por que é importante não reprimir o choro?

    Hospital Pequeno Príncipe dá dicas de como criar um ambiente seguro e acolhedor para crianças e adolescentes expressarem as emoções
    Ver mais