Dia Mundial do Combate à Hanseníase alerta população em relação à doença
O último domingo de janeiro marca, todos os anos, o Dia Mundial de Combate à Hanseníase. A data foi definida pela Organização Mundial de Saúde e o objetivo é chamar atenção do público para uma doença que, embora tenha cura, ainda carrega um pesado estigma.
Também conhecida pelo nome de lepra, desde 1976 ela é identificada oficialmente por hanseníase em referência ao bacilo de Hansen, que causa a doença.
No Paraná foram detectados em 2011 aproximadamente 1200 casos de hanseníase e a maioria deles (47%) em pessoas entre 40 e 59 anos de idade. Apesar de poucos casos confirmados, crianças e adolescentes também desenvolvem a doença.
Estigma
Apesar dos grandes avanços no diagnóstico e tratamento da doença, quando se fala em hanseníase, muitas pessoas ainda têm em mente a imagem de alguém que precisa viver isolado do resto da sociedade. Atualmente, sabe-se que a melhor maneira de agir não é esta.
A contaminação acontece pelas vias respiratórias, mas apenas quando o portador do bacilo não está sendo tratado. Quando devidamente medicado, o portador não transmite mais a doença. Além disso, mais de 90% da população se revela resistente ao bacilo Hansen. Como em outras doenças, o apoio e presença da família são partes fundamentais de um tratamento bem-sucedido.
Características da doença
A hanseníase tem um longo tempo de incubação, podendo levar até sete anos para se manifestar. Ela pode ser identificada inicialmente por manchas avermelhada ou esbranquiçadas na pele. Outros sintomas podem ser o surgimento de caroços, placas ou inchaço. Fraqueza muscular e dor nas articulações são também sinais da presença da hanseníase. Se não tratada, a doença ataca a pele, nervos e outros órgãos como o fígado e os olhos. Hoje é possível fazer o tratamento – que deve ser levado a sério do começo ao fim – pelo SUS, com medicamentos gratuitos.