CIHDOTT
O Hospital Pequeno Príncipe mantém a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT). Composta por um grupo multiprofissional, a comissão tem como responsabilidade contatar a família do paciente com morte encefálica, explicar como funciona a doação de órgãos, quais os benefícios que ela gera e como os familiares devem proceder para autorizar. Com o trabalho da CIHDOTT, o processo de doação funciona de maneira mais ágil e eficiente, além de atuar de acordo com os parâmetros éticos e morais.
Pequeno Príncipe incentiva a doação de órgãos
Doar órgãos é um ato de compaixão. O Hospital Pequeno Príncipe incentiva o engajamento da sociedade nesta causa que ajuda a salvar milhares de vidas. Os dados, porém, são alarmantes. De acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), 70% dos potenciais doadores não têm seus órgãos doados. Entre os motivos, está a não aceitação familiar, geralmente causada pelo desconhecimento e desconfiança nos casos de morte cerebral, por exemplo. Diante disso, é fundamental que o doador manifeste para a família a sua vontade de doar órgãos. No caso de crianças e adolescentes, os pais são os responsáveis por tomar essa decisão que pode beneficiar outras famílias.
De acordo com a cardiologista pediátrica do Pequeno Príncipe, Rita de Cássia Silva, para muitas crianças e adolescentes a doação é a única alternativa de vida. “Depois de passarem por diversos procedimentos, pacientes graves têm apenas o transplante como solução”, relata a médica. “Por isso, é tão importante doar órgãos”, complementa.
Apesar da lista de crianças e adolescentes na espera por um órgão ser menor que a dos adultos, casos pediátricos enfrentam uma dificuldade ainda maior para a realização dos transplantes. “É mais difícil, porque no transplante coração, por exemplo, o peso e a idade do doador deve ser compatível ou aproximada a do receptor”, ressalta a cardiologista. “Na infância, o tamanho e o peso mudam com mais frequência”, aponta.
Maria Isabela Cordeiro, de 10 anos, passou por um transplante de coração no Hospital Pequeno Príncipe em 2014. “Eu estou muito feliz porque me recuperei do procedimento, fiz todos os exames e estou bem”, comemora a menina. Ela também deixa um apelo: “se você puder, doe órgãos, doe vida e doe amor”. Paulo Otávio, de 15 anos, também foi submetido a uma cirurgia de transplante e ganhou um novo fígado há quatro anos. Para ele, todo dia é dia de comemorar a vida. “Tenho conquistas pessoais que não poderiam ter acontecido sem o transplante. No ano passado fui campeão de artes marciais na minha cidade (Florianópolis). Por isso, sou muito grato”, ressalta. Em 2015, o Hospital Pequeno Príncipe realizou 180 transplantes. Deles, dois foram de coração, cinco de fígado, 21 de medula, 14 de rim e 138 de tecidos.