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Lucimary Sylvestre: a nefrologista que sempre quis pediatria
Com o sonho de ser pediatra desde criança, a médica Lucimary Sylvestre seguiu seu coração e hoje é realizada em poder transformar a vida de meninos e meninas por meio da sua vocação. Foi em abril de 1999 que sua vida cruzou com a do Hospital Pequeno Príncipe e começou a atuar no Serviço de Nefrologia. De lá para cá, os atendimentos aumentaram, assim como os inúmeros aprendizados e histórias vivenciadas.
O sonho de ser pediatra
“Desde de criança, eu dizia que queria ser pediatra. A minha família é de enfermeiras: minha avó, tia, irmão… E eu segui a medicina. Após me formar pela Universidade de Brasília (UnB), já sabia a área que seguiria e me mudei para Curitiba fazer residência em pediatria. Na faculdade, fiz mentoria de neonato, mas pensei que não queria trabalhar para sempre em uma UTI. Nefrologia era uma área que me chamava atenção também, por ter histórico familiar da doença. Então fiz Nefrologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Depois de um tempo que voltei a Curitiba, a Dra. Rejane, que era a médica responsável pela Nefrologia do Hospital Pequeno Príncipe, me chamou para entrar na equipe. Isso foi em abril de 1999. Há quase 24 anos estou aqui.”
Trajetória no Pequeno Príncipe
“Logo quando entrei, a equipe não tinha tantos médicos quanto tem agora. Então, no início, eu estava em todos os setores. No final de 2000, comecei a dar aula para os residentes e também assumi informalmente a coordenação da residência da Nefrologia. Pouco depois, comecei a ser a responsável pela diálise peritoneal. E, em 2003, iniciamos o Ambulatório de Hipertensão, que esse ano já completa 20 anos de atuação. Além disso, há dez anos temos também um ambulatório específico para tratamento de litíase [pedras nos rins]. Nos dividimos dessa forma por conta da nefrologia ser muito abrangente e ter doenças bem específicas.”
Aprendizados com residentes
“Gosto muito dessa parte da residência médica, sabe? Isso faz com que você busque se atualizar sempre. É muito bacana ver que vários residentes passaram por mim e hoje são médicos aqui. Quando cheguei no Pequeno Príncipe, o Dr. Victor Horácio era R1 de pediatria. Sem contar que muitos alunos depois fizeram residência aqui. É muito legal ver as gerações passando, de me ver em uma geração mais à frente, e também de ver os médicos de quando eu cheguei aqui já se aposentando. Tenho saudade dessa época também.”
A evolução da instituição centenária
“Uma evolução muito forte do Hospital é a tecnológica. Na Hemodiálise, por exemplo, contamos com máquinas muito boas. Na nossa área, também é um diferencial poder contar com a especialidade da radiologia intervencionista. E, para além da estrutura, também vemos uma evolução na profissionalização. E é muito gratificante pra mim. É um hospital de referência, que tenho muito orgulho de trabalhar.”
História de superação
“Teve um paciente chamado Gabriel que começou a ser atendido ainda bebê e foi transplantado há uns 14 anos mais ou menos. Acompanhei ele logo quando chegou, era um caso bem complexo, que precisou de várias cirurgias. A família precisou sair da cidade natal para conseguir um tratamento. Hoje, aos 18 anos, ele está bem e será atendido em uma outra instituição de saúde, por conta da idade. E isso nos dá uma felicidade imensa! É gratificante ver que podemos contribuir para que aumente a sobrevida e a criança atinja a faixa etária de adulto. É uma das melhores recompensas!”
Um trabalho de muitas mãos
“Em 2019, completamos 30 anos do primeiro transplante renal, que foi em 1989. Fizemos uma confraternização com os pacientes, e foi muito legal poder reencontrar alguns deles, que não víamos há tanto tempo. E isso é incrível! Falo como equipe, porque aqui não trabalhamos sozinhos. E na nossa área, assim como em vários outros setores do Hospital, é essencial que a gente tenha uma equipe que esteja junto, desde médicos, enfermeiros, técnicos, nutricionistas, assistente social, psicólogos. São muitas responsabilidades que acabam afetando a vida como um todo.”
“Trabalhar em um hospital como o Pequeno Príncipe contribui muito para o meu crescimento […] Contribui demais para minha vida como um todo. É um crescimento constante, uma troca mútua.”
Gratidão em pertencer
“Trabalhar em um hospital como o Pequeno Príncipe contribui muito para o meu crescimento pessoal e profissional, bem como das relações interpessoais. Contribui demais para minha vida como um todo. É um crescimento constante, uma troca mútua. Amo contribuir para a formação de outras pessoas, amo o contato com todos os profissionais, como também de realizar o atendimento aos pacientes, desde os casos mais simples até os mais complexos. Aprendo demais todos os dias.”
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