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Visitas aos recém-nascidos: cuidado redobrado em período de viroses
A chegada de um bebê gera uma grande expectativa não só para os pais, mas para todos os familiares e amigos. Realizar visitas na saída da sala de parto ou já nos primeiros dias de vida é um desejo de grande parte das pessoas próximas à família. Porém, o Hospital Pequeno Príncipe faz o alerta: recém-nascidos devem ser protegidos principalmente durante o período de sazonalidade dos vírus respiratórios, como o vírus sincicial respiratório, o adenovírus, a influenza e o coronavírus.
Visitas na maternidade são contraindicadas, pois a família vive um período de adaptação. “Esse é um momento do nascimento de uma mãe e seu bebê, com a necessidade de criarem laços e, principalmente, adaptarem-se à rotina de cuidados e amamentação”, explica a neonatologista Silmara Aparecida Possas, do Hospital Pequeno Príncipe. Se for imprescindível receber algum familiar, a visita precisa ser curta e silenciosa.
Já em casa, as visitas são recomendadas após os primeiros 3 meses do bebê, depois que ele recebeu as primeiras vacinas. Ainda assim, os encontros devem ser controlados, considerando que há o risco de os adultos serem portadores de doenças contagiosas assintomáticas. A proteção ao bebê é importante devido à sua imaturidade imunológica. O recém-nascido está adaptando-se à vida extrauterina; e, por outro lado, a mãe está no período delicado do puerpério. Portanto, os cuidados em tempos de pandemia e de surtos de viroses devem ser redobrados.
Confira a etiqueta básica para visitas aos recém-nascidos:
- as visitas devem ser restritas aos familiares próximos, sempre com a condição de saúde averiguada. Em casos de tosse, secreção nasal, febrícula, indisposição, ou ainda se houve contato com pessoas contaminadas, a visita deve ser suspensa;
- o tempo da visita deve ser curto, de até 20 a 30 minutos, respeitando o período de descanso da mãe e do bebê;
- deve-se receber visitas em um ambiente ventilado e com tranquilidade sonora. O bebê precisa ser mantido em um ambiente calmo e seguro, como no quarto dos pais ou da criança, evitando o estresse da reunião dos adultos;
- deve-se evitar tocar na criança, exceto se as mãos e roupas estiverem higienizadas;
- o uso de álcool nas mãos e de máscaras é imprescindível, bem como não expor a criança a beijos (gotículas podem estar contaminadas por vírus). A prática desses hábitos contribui para evitar a propagação de doenças virais em geral, não somente o coronavírus;
- não introduzir chupeta na criança, exceto se ela estiver esterilizada e guardada em local seguro de contaminação; quando a família desejar que a criança use chupeta, é importante que ela seja utilizada como pacificador e retirada assim que o bebê se reorganize, pois o choro também é uma forma de comunicação; e
- disponibilizar à mãe o recolhimento para amamentação em ambiente calmo e seguro, sem a intervenção dos visitantes.
A orientação geral é para que as crianças recém-nascidas não sejam expostas a ambientes populosos e pouco ventilados, ou com a presença de pessoas com histórico recente de viroses respiratórias, mesmo sendo em reuniões familiares. Entre esses ambientes estão shoppings, festas e reuniões sociais.
Se for muito necessário sair com o bebê, é fundamental que se opte por ambientes abertos, controlados, não muito aquecidos, nem com temperatura abaixo do conforto térmico. Esses cuidados são essenciais para preservar o equilíbrio e, assim, a capacidade de resposta imunológica da criança, que é adquirida por meio do aleitamento materno e amadurecida com a idade. Essas precauções ajudam a garantir um desenvolvimento saudável para o bebê nos primeiros meses de vida, de maneira que ele e sua família possam receber as visitas e o apoio dos familiares no momento adequado e de forma segura.
- Confira vídeo sobre os cuidados com recém-nascido na pandemia: