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Ventilação mecânica é tema do Pequeno Príncipe Conhecimento
Durante o atendimento médico, nem sempre o paciente consegue manter a respiração espontaneamente. Nesses momentos, o suporte com ventilação mecânica pode auxiliar no tratamento reduzindo o esforço respiratório. As crianças possuem diferenças anatômicas e funcionais da via respiratória, que vão alterar a conduta dos profissionais durante o manejo. Por isso, o Pequeno Príncipe promoveu uma série de aulas sobre o tema para profissionais da instituição que atuam nas unidades de terapia intensiva.
Essa edição do projeto Pequeno Príncipe Conhecimento foi conduzida pelo médico intensivista pediátrico Eduardo Gubert, coordenador do Centro de Simulação do Pequeno Príncipe, e contou com a participação do médico intensivista pediátrico Leonardo Calil Vicente Franco de Souza, plantonista das unidades de terapia intensiva (UTIs) Geral e Cirúrgica do Hospital.
Fisiologia respiratória
O encontrou destacou a importância de profissionais de diversas especialidades, especialmente dos que atuam em UTIs e Emergências, realizarem cursos como esse. “O objetivo é que mais pessoas consigam tirar dúvidas e aprofundar esse assunto, que pode parecer difícil, mas quanto mais conseguimos praticar e falar sobre, mais acessível se torna”, comentou Gubert.
As diferenças fisiológicas no trato respiratório em comparação aos adultos foram abordadas, assim como as questões técnicas que variam caso a caso. Abaixo de 6 meses, por exemplo, os bebês possuem respiração predominantemente nasal, por isso uma pequena obstrução pode levar a um caso grave.
“A língua das crianças é proporcionalmente maior em relação à cavidade oral, o que faz com que a laringoscopia seja um pouco mais difícil do que em adolescentes e adultos. Meninos e meninas de idade fetal até os 8 anos têm alvéolos ainda em formação e por isso podem ter mais desconforto respiratório que os adultos”, explicou Souza.
Ventilação mecânica não invasiva
O curso abordou também alguns aspectos que devem ser levados em conta após o profissional optar pela aplicação do método no paciente. “O ciclo respiratório é dividido em quatro partes: inspiração, ciclagem, expiração e disparo. Cada fase possui suas variáveis e parâmetros que o profissional pode manipular na ventilação mecânica – dependendo do que o paciente precisa no momento”, relembrou Souza.
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Uso de simulador on-line
O início da formação na área da saúde pode envolver algumas inseguranças, mas as práticas acompanhadas da busca por conhecimento são aliadas para uma boa assistência às crianças e adolescentes. “Muitas dúvidas podem parecer bobas, mas temos que sair do achismo e ter protocolos. Assim, conseguimos alinhar todas as etapas com as equipes multidisciplinares”, disse Gubert. Para demonstrar o manejo de ventiladores mecânicos, o intensivista pediátrico utilizou o simulador on-line – que auxilia o profissional a treinar a prática do aparelho durante a terapia intensiva.
Modos não convencionais
Os métodos não convencionais de ventilação mecânica surgiram com o avanço tecnológico, principalmente para suprir necessidades que os convencionais podem apresentar, como: diminuir a lesão pulmonar, trazer maior conforto ao paciente e diminuir o tempo de ventilação mecânica. No entanto, Souza ressaltou que não há evidências de que esses modos não convencionais sejam especificamente melhores que os convencionais.