Tuberculose: forma grave da doença pode ser prevenida pela vacinação

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Tuberculose: forma grave da doença pode ser prevenida pela vacinação

Ainda no primeiro mês de vida, os bebês devem receber a vacina do Bacilo de Calmette-Guérin, conhecida nacionalmente por BCG
23/03/2022

tuberculose
A vacina BCG [Bacilo de Calmette-Guérin] protege contra as formas graves de tuberculose.
Pela primeira vez em mais de uma década, as mortes pela tuberculose – doença infecciosa e transmissível, causada pelo Mycobacterium tuberculosis – aumentaram no mundo. O alerta vem de um relatório global da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2021 e indica a pandemia como o principal fator de regresso, pois diminuiu o acesso a diagnósticos e tratamentos.

Neste Dia Mundial de Combate à Tuberculose, lembrado em 24 de março, o Pequeno Príncipe reforça a importância da prevenção da doença por meio da vacinação. “A vacina deverá ser aplicada o mais precocemente possível, de preferência ainda na maternidade, em recém-nascidos com peso maior ou igual a 2kg. A BCG [Bacilo de Calmette-Guérin] trata-se de vacina de bacilo atenuado [enfraquecido], que protege contra as formas graves de tuberculose”, destaca a pediatra Heloisa Ihle Garcia Giamberardino, coordenadora do Centro de Vacinas Pequeno Príncipe.

A vacina BCG é prioritariamente indicada para crianças de 0 até os 5 anos de idade. Fora dessa faixa etária existem recomendações específicas, a critério médico. Em casos de histórico familiar com suspeita de imunodeficiências ou em recém-nascidos cuja mães fizeram uso de biológicos durante a gestação, a vacinação deverá ser postergada ou contraindicada.

O imunizante está disponível gratuitamente pelo SUS, inclusive em maternidades. “O esquema vacinal corresponde a uma dose única, preferencialmente no braço direito, pois essa localização permite a fácil verificação da cicatriz vacinal e pode ser administrada de forma simultânea com as outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação”, completa a médica.

Sobre a tuberculose

A tuberculose ocorre a partir da inalação de aerossóis das vias respiratórias, causada pelo Mycobacterium tuberculosis. Apesar de não ser uma doença nova, é um problema de saúde pública mundial. Antes do surgimento da COVID-19, a tuberculose era a infecção respiratória que mais levava ao óbito em todo o mundo. Em 2020, o Brasil registrou 66.819 casos novos, com um coeficiente de incidência de 31,6 casos por 100 mil habitantes.

A tuberculose é transmitida pela via aérea, e estima-se que em um ano uma pessoa contaminada possa infectar, em média, de 10 a 15 indivíduos. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações e a disseminação da tuberculose. “Tosse persistente por mais de duas a três semanas, acompanhada ou não de sangue, febre baixa e emagrecimento são sinais de alerta”, finaliza a médica.

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