Transplante de medula óssea em doenças autoimunes é pauta no Pequeno Príncipe
Prezando pela atualização contínua dos profissionais, o Hospital Pequeno Príncipe promoveu a palestra “Transplante de medula óssea em doenças autoimunes” nesta quinta-feira, dia 27. Voltada aos médicos, residentes e enfermeiros da instituição, o evento trouxe dois especialistas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCRP-USP), único local no país que realiza esse tipo de transplante.
Após estudos com portadores com esclerose sistêmica, submetidos ao transplante autólogo de células-tronco sanguíneas na Unidade de Transplante de Medula Óssea no HCRP-USP, foi constatada a eficiência desse tratamento. “Quando o paciente não apresenta melhora com o uso de medicações, o transplante pode ser uma alternativa efetiva”, destacou a coordenadora da Unidade de Transplantes para Doenças Autoimunes do HCRP-USP, Maria Carolina Oliveira Rodrigues.
Caracterizada como uma doença autoimune, a esclerose sistêmica pode atingir desde crianças até adultos. O sintoma é a perda de elasticidade e o enrijecimento da pele. Porém, nas formas mais graves, pode ocorrer a falência das funções renal, pulmonar e cardíaca, podendo até levar o paciente à morte. “Por isso, o sucesso para o transplante é o trabalho conjunto da equipe multidisciplinar”, pontuou a especialista.
De acordo com o médico assistente do Serviço de Transplante de Medula Óssea do HCRP-USP, Luiz Guilherme Darrigo Junior, a incidência de mortalidade da esclerose sistêmica infantojuvenil chega a 10% aos 5 anos, podendo aumentar até a 25% aos 10 anos. “Os medicamentos, em geral, não previnem a evolução da doença, só podem melhorar os sintomas. Como as crianças respondem mais a tratamentos agressivos, o transplante traz ainda mais resultados nessa fase da vida”, finalizou.