Reconhecimento precoce da Sepse pode salvar vidas
Considerado um problema de saúde pública, a Sepse – infecção grave disseminada – afeta mais de 30 milhões de pessoas no mundo. Deste número, 6 milhões são crianças de 0 a 6 anos. O Brasil possui uma das maiores taxas de mortalidade, sendo 400 mil novos casos diagnosticados e 240 mil óbitos a cada ano, de acordo com o Instituto Latino Americano de Sepse e a Aliança Global da Sepse.
Qualquer tipo de infecção pode evoluir para a Sepse. Porém, as mais comuns são a pneumonia, infecções na barriga e urinária. “Por isso, o reconhecimento precoce é a chave para o tratamento antimicrobiano adequado que, se iniciado na primeira hora do diagnóstico médico, tem clara implicação no prognóstico”, ressaltou a pediatra e coordenadora do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar (SECIH) do Hospital Pequeno Príncipe, Heloisa Giamberardino.
Sinais de alerta
Embora não existam sinais específicos, pacientes que apresentam febre, aumento da frequência cardíaca, aceleração do ritmo respiratório, queda de pressão arterial, diminuição ou ausência da produção de urina, falta de ar, confusão mental ou sonolência extrema, precisam de atendimento médico imediato.
No Hospital Pequeno Príncipe, a implantação do Robô Laura – sistema que auxilia no monitoramento e avaliação de variáveis/indicadores e sinais vitais de pacientes internados – é mais um passo para o reconhecimento precoce da Sepse. Considerado o primeiro robô cognitivo de gerenciamento de riscos do mundo, o sistema que auxilia no monitoramento e avaliação de variáveis/indicadores e sinais vitais de pacientes internados está em fase de implantação. Essa tecnologia consegue reunir informações de todos os pacientes hospitalizados, integrar dados em segundos e enviar alertas aos profissionais de saúde para que a decisão clínica seja tomada o mais rápido possível, evitando assim o declínio clínico, como casos de Sepse.