Protocolos adotados pelo Hospital garantem segurança a todos os pacientes
O adolescente Charleston Roberto de Oliveira Mayer Junior, 17 anos, precisou fazer uma grande e delicada cirurgia na coluna durante a pandemia do coronavírus, para corrigir uma escoliose severa. O garoto tem uma doença rara chamada distrofia muscular de Duchenne, que afeta somente meninos e é caracterizada pela falta de uma proteína nos músculos que ajuda a manter as células musculares saudáveis. Por isso, essa doença causa um enfraquecimento progressivo de toda a musculatura do corpo, afetando importantes marcos do desenvolvimento, como sentar, ficar de pé ou caminhar. “A escoliose é uma das complicações dessa doença, e, no caso do meu filho, a coluna estava tão torta que já pressionava o coração e os pulmões dele”, conta a mãe, Alessandra Mara Rodrigues.
A cirurgia, realizada no mês de julho, era inevitável, mas a família se questionou se aquele seria o melhor momento para fazê-la, diante da pandemia do coronavírus. “Quando a cirurgia foi agendada, estávamos no auge da pandemia. Pensamos em adiar, pois sentimos muito medo, ainda mais que para a idade dele ainda não existe vacina disponível aqui na nossa cidade. Mas uma conversa com os médicos nos acalmou, pois eles nos explicaram sobre todos os protocolos adotados que separam os pacientes com COVID-19 dos demais. A partir dessas conversas, ficamos mais seguros”, diz a mãe.
E a família pôde perceber na prática o que os médicos informaram na conversa prévia. “Realmente o Hospital está sendo muito cuidadoso com estes protocolos. Todos usam álcool o tempo inteiro, e os pacientes estão bem separados. Sem contar que a equipe é extremamente atenciosa e carinhosa. Na UTI, parecia que só tinha ele de paciente, de tão bem cuidado que foi. Estamos muito agradecidos por todo o cuidado conosco”, relata Alessandra.
“A apreensão de vir ao Hospital Pequeno Príncipe durante a pandemia é compreensível, mas é importante que todos saibam que aqui é um lugar seguro”, explica o vice-diretor técnico da instituição, Victor Horácio de Souza Costa Junior. “Nós criamos um fluxo de internamento e de entrada de pacientes nos prontos-atendimentos específico para os pacientes com COVID-19, separando-os dos demais exatamente para garantir a segurança de todos”, continua.
Redução dos atendimentos
Mesmo com todos os cuidados que o Pequeno Príncipe adotou, o número de atendimentos nos prontos-atendimentos, nos ambulatórios de especialidades, bem como o número de cirurgias, está bastante abaixo da média histórica registrada pela instituição, o que demonstra a apreensão da comunidade. Em 2020, por exemplo, o total de cirurgias caiu 40% em relação a 2019. Já o número de atendimentos ambulatoriais teve uma redução de 44%, enquanto os internamentos caíram 43%.
Em 2021, as médias mensais continuam bastante abaixo do volume histórico de atendimentos. No Pronto-Atendimento, por exemplo, antes da pandemia, o Hospital costumava registrar cerca de 10,7 mil atendimentos por mês. Neste ano, a média está em seis mil por mês, novamente uma queda de aproximadamente 40%.
“Seja nos casos de COVID-19 ou de qualquer outra doença, a precocidade do diagnóstico faz toda a diferença para a recuperação do paciente. Faz com que a gente tenha mais condições de batalhar pela saúde da criança, com tendência a uma boa evolução. Mas se as famílias não procuram o Hospital, temos um agravamento dos quadros”, afirma Costa Junior. Daí a importância de confiar nos protocolos estabelecidos pela instituição e buscar ajuda especializada sempre que a criança ou o adolescente apresentar qualquer necessidade.
Veja, na reportagem da RPC, como o Hospital está preparado para atender todos com segurança: