Saiba mais sobre a Primeiríssima Infância!
Da gestação aos 3 anos: conheça a Primeiríssima Infância
A Primeiríssima Infância abrange o período da gestação aos 3 anos de idade. É nessa fase que o cérebro do bebê passa por um crescimento acelerado, estabelecendo as bases para todas as habilidades futuras, desde as motoras até as competências sociais e emocionais.
As condições adequadas de nutrição, cuidado, atenção, interação social e aprendizado na infância exercem impacto no crescimento pleno da criança. Além disso, esse conjunto de fatores influencia na trajetória e no potencial cognitivo ao longo da vida.
A educadora Dreice Duarte, do Hospital Pequeno Príncipe, explica que o desenvolvimento infantil é como a construção de uma casa. “A Primeiríssima Infância é como a fundação e o chão da estrutura da casa. E, assim como algo mal construído, a falta de experiências adequadas na gestação até os 3 anos de idade pode afetar negativamente o desenvolvimento infantil”, enfatiza.
O que a criança desenvolve na Primeiríssima Infância?
- Desenvolvimento físico: faz parte o crescimento do corpo e do cérebro, o desenvolvimento das habilidades sensoriais e motoras, bem como a manutenção da saúde física.
- Desenvolvimento cognitivo: constituído pelas mudanças e estabilidades nas capacidades mentais, como aprendizagem, memória, linguagem, pensamento e criatividade.
- Desenvolvimento psicossocial: compreende a manifestação da personalidade, do desenvolvimento relacional e da integração social.
Nesse período, é essencial reconhecer a importância de aspectos como atenção, cuidado, afeto, socialização e estabelecimento de rotinas. Além disso, buscar cultivar um ambiente de cuidado responsivo, amoroso e estimulante, que proteja e eduque.
Os cinco sentidos do bebê
É na Primeiríssima Infância que o cérebro mais precisa de estímulos, uma vez que 90% das conexões cerebrais são estabelecidas até os 6 anos de idade. “O cérebro, junto dos órgãos que compõem os sentidos [tato, olfato, paladar, audição e visão], coleta informação por meio de estímulos vindos do ambiente. Falar com o bebê, por exemplo, estimula que ele se aproxime da linguagem oral e comece a se expressar por meio de palavras”, esclarece a educadora.
– Tato: é um importante meio de comunicação e formação do vínculo entre a criança e os pais. É por meio dele que o bebê tenta entender as formas e texturas em sua volta. Para estimular esse sentido na criança é essencial o toque pele a pele, o abraço, o carinho e suaves massagens. Além de fortalecer o vínculo e acalmar, o toque ajuda a criança a descobrir mais sobre si mesma e sobre o outro.
– Olfato: é especialmente importante no começo da vida. O olfato proporciona ao bebê suas primeiras percepções das pessoas e ambientes ao seu redor, além de ser uma poderosa fonte de estimulação sensorial. Por isso, é essencial tomar cuidado com cheiros artificiais ou muito fortes, como perfumes e produtos de limpeza.
– Paladar: mesmo antes de nascer, o bebê já consegue sentir diferentes sabores no líquido que o envolve. Até o sexto mês após o nascimento, o leite materno é o alimento indicado para o bebê. No momento da introdução de alimentos com a orientação de um pediatra de confiança, o paladar deve ser estimulado.
– Audição: a partir da 21.ª semana de gestação, o feto consegue ouvir o coração e a voz da mãe, bem como os sons do ambiente externo. Ao nascer, o bebê ouve perfeitamente, mas não sabe identificar todos os tipos de sons. O bom desenvolvimento da audição vai depender fundamentalmente das experiências auditivas dele. Por isso, conversas, canções e leituras são sempre bem-vindas.
– Visão: o último sentido a ser desenvolvido. Ao nascer, o bebê não enxerga bem e vê tudo um pouco embaçado, porém reconhece e demonstra preferência pelo rosto humano. É somente entre o primeiro e o segundo ano de vida que a criança terá a visão parecida com a de um adulto. Para estimular a visão, é indicado o uso de objetos variados em cores contrastantes, como móbiles.
Programa Primeiríssima Infância
O objetivo do Programa Primeiríssima Infância do Hospital Pequeno Príncipe é empoderar os cuidadores, durante o tempo de internamento, por meio do compartilhamento de informações e reflexões sobre temas relacionados ao desenvolvimento infantil. Essa troca de informações com os pais ou responsáveis pelos pacientes ocorre por meio de rodas de conversa e diversas oficinas – como as de musicalização, relaxamento, brinquedos e brincadeiras, shantala e leitura.
- Confira, na playlist a seguir, mais informações sobre a Primeiríssima Infância:
O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).
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