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Quando se preocupar com picada de abelha em crianças?

Quando se trata de picada de abelha em crianças, cada segundo importa. A dor aguda é apenas o primeiro sinal — em casos mais graves, uma simples picada pode desencadear reações alérgicas severas, como anafilaxia. Por isso, saber exatamente o que fazer nos primeiros minutos é essencial para proteger a saúde do seu filho e evitar complicações.
O Ministério da Saúde registrou 33 mil acidentes por picadas de abelha no Brasil apenas em 2023. Crianças são especialmente vulneráveis, tanto pelo menor tamanho corporal (o que intensifica o efeito do veneno) quanto pela dificuldade de identificar e comunicar sintomas graves.
Segundo a dermatologista pediátrica Flavia Prevedello, do Hospital Pequeno Príncipe, é fundamental remover o ferrão o mais rapidamente possível. “O ideal é usar uma pinça, mas se não tiver pode usar as unhas, fazendo um movimento de pinça com os dedos”, orienta. Essa etapa é crucial, porque quanto mais tempo o ferrão permanece na pele, mais veneno é liberado — e mais intensas podem ser as reações locais e sistêmicas.
Quais são os primeiros socorros para picada de abelha?
- Remova o ferrão imediatamente, com pinça ou unhas.
- Higienize a área com água e sabão.
- Aplique gelo ou compressa fria para aliviar a dor e o inchaço.
- Se a criança já tem histórico de alergia, dê um anti-histamínico (sob orientação médica).
Quando se preocupar com picada de abelha em crianças?
Fique atento aos sinais de reações alérgicas, como:
- inchaço rápido e intenso;
- dificuldade para respirar ou “garganta trancada”;
- chiado no peito;
- queda de pressão arterial;
- tontura ou desmaio.
“Se houver qualquer sinal de comprometimento das vias aéreas, é uma emergência. É preciso levar a criança para o hospital imediatamente, porque pode ser necessário aplicar adrenalina intramuscular”, alerta a dermatologista. Além disso, se a picada for em áreas sensíveis, como olhos ou boca, ou em caso de múltiplas picadas, também é essencial buscar atendimento para receber o tratamento adequado.
Qual remédio é bom para picada de abelha?
Para reações leves ou moderadas, os medicamentos mais usados são anti-histamínicos (antialérgicos); corticoides tópicos ou orais, para diminuir o inchaço e a vermelhidão local; e analgésicos comuns, para alívio da dor.
Já em caso de alergia grave (anafilaxia), o tratamento padrão é a adrenalina intramuscular, que deve ser aplicada o mais rapidamente possível.
Além disso, é muito importante não utilizar pomadas caseiras, pasta de dente ou álcool diretamente na picada, afinal isso pode irritar ainda mais a pele e não corta o efeito do veneno.
Como saber se meu filho é alérgico?
Nem toda criança que reage fortemente a uma picada é necessariamente alérgica. No entanto, se seu filho já teve inchaço intenso em regiões distantes da picada, dificuldade respiratória após picada de inseto, desmaios, vômitos ou urticária generalizada é essencial consultar um alergista.
“Esse profissional pode indicar testes específicos e até prescrever o uso de adrenalina injetável em emergências. No Brasil, ainda não há disponibilidade das canetas autoaplicadoras, mas há como importar sob orientação médica”, realça a especialista.
Como prevenir?
Evitar o acidente é sempre o melhor caminho. Os repelentes não afastam abelhas, então não conte com eles para esse tipo de prevenção. Veja algumas orientações práticas!
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- Evite áreas com grande concentração de abelhas e redobre a atenção em parques, áreas com flores ou árvores frutíferas.
- Não use roupas muito coloridas ou perfumes nesses espaços, pois as abelhas são atraídas por cores e cheiros.
- Ensine a criança a não bater em insetos voadores, nem mexer em colmeias, pois o movimento brusco pode provocar ataques.
- Mantenha sempre um kit de primeiros socorros em passeios ao ar livre.
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O Pequeno Príncipe é participante do Pacto Global desde 2019. E a iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).