Pequeno Príncipe trabalha a conscientização para a doação de órgãos
Para marcar o Dia Nacional de Doação de Órgãos (27 de setembro), o Hospital Pequeno Príncipe intensificou o trabalho de sensibilização sobre a importância da doação de órgãos. Nesta semana, os profissionais de saúde da instituição participaram de uma programação diferenciada. Os temas abordados nas palestras buscaram esclarecer e orientar para abertura de protocolo em suspeitas de morte encefálica, aumentando ainda mais as chances de novos transplantes, além de conscientizar a população sobre a necessidade da doação de órgãos.
“Os profissionais de saúde atuam como multiplicadores de informações junto à sociedade e familiares. Por isso, precisamos esclarecer todas as dúvidas para que continuem como porta-vozes para essa grande mobilização sobre o ato de doar órgãos”, destaca a assistente social da Central de Transplantes de Órgãos do Paraná, Edi Gláucia Repula, uma das palestrantes.
O Hospital Pequeno Príncipe atua como captador e receptor de órgãos para transplantes. A instituição mantém a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT). Trata-se de um grupo multiprofissional que tem como responsabilidade contatar a família do paciente com morte encefálica, explicar como funciona a doação de órgãos, quais os benefícios que ela gera e como os familiares devem proceder para autorizar. A CIHDOTT existe para que o processo de doação funcione, seja ágil, eficiente e atue de acordo com os parâmetros éticos e morais.
“Quando envolve a doação de órgãos de crianças e adolescentes, as famílias ficam mais ressentidas em autorizar. Atuamos constantemente conscientizando as pessoas sobre a importância da doação, independentemente da idade do paciente que vier a ter morte encefálica”, destaca a enfermeira Karyme Juliana David, coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar.
Transplantes de órgãos no Hospital Pequeno Príncipe
Desde 1989, a instituição realiza transplantes de órgãos. Hoje, são captados e recebidos desde órgãos como rim, fígado e coração, até tecidos como medula óssea e ossos. Em 2013, até setembro, foram totalizados 17 transplantes de órgãos e 97 de tecidos.
Transplantes de órgãos no Brasil
De acordo com Sistema Nacional de Transplantes, instância responsável pelo controle e monitoramento dos transplantes de órgãos no Brasil, o número de doadores de órgãos no país vem crescendo, e com ele, também o índice de transplantes realizados. Em 2008, foram totalizados 1.350 transplantes e em 2012, saltou para 2.451.
Apesar do crescimento do número de transplantes no Brasil, a lista de espera por órgãos e tecidos ainda é grande, com aproximadamente 60 mil pessoas. Mais da metade desses pacientes esperam para receber um rim.
Doar órgãos é um gesto de amor à vida
No Brasil, a legislação estabelece que todas as pessoas sejam doadoras. Desde 2002, a autorização para doação de órgão é dada pela família do paciente com morte encefálica. Em caso de transplantes como o de medula óssea, rim, fígado e pâncreas, a doação pode ser realizada ainda em vida, quando for de um parente de até 4º grau, ou com autorização judicial para não familiares.
Portanto, é fundamental que você manifeste a vontade de ser doador a familiares. São eles que darão a autorização aos médicos para que estes realizem o transplante. Diga em casa e a seus amigos que você quer ser um doador. Não é necessário deixar nada por escrito. Basta apenas comunicar o desejo da doação.