Patologia no transplante hepático é tema do Pequeno Príncipe Conhecimento
O transplante de fígado é considerado um dos procedimentos mais complexos da cirurgia moderna, pois interfere em diversas funções do organismo. E para falar sobre este tema, o Pequeno Príncipe promoveu uma aula sobre as patologias nesse tipo de procedimento complexo. O encontro, que faz parte do projeto Pequeno Príncipe Conhecimento, foi conduzido pela patologista Ana Paula Percicote, que abordou vivências em casos pediátricos para os participantes, além de esclarecer dúvidas.
Durante o encontro on-line, a médica apresentou algumas situações, a partir de casos reais, como a patologia dos espécimes hepáticos e obstrução de artéria hepática a fim de instruir os profissionais sobre as melhores práticas para o dia a dia. “É importante sempre visar a segurança do paciente. As complicações mais comuns do transplante podem ocorrer em até dois meses após a cirurgia, como a formação de cicatrizes e estreitamento dos canais biliares”, explica a patologista.
Geralmente, as enfermidades que afetam o fígado na faixa etária pediátrica têm origem em doenças genéticas, metabólicas e infecciosas. Por isso, o transplante de fígado é indicado em todas as crianças com doença hepática com deterioração progressiva das condições de saúde, antes do aparecimento de complicações que determinem risco excessivo com o procedimento.
Hepatologia no Pequeno Príncipe
O Serviço de Hepatologia do Hospital tem o intuito de diagnosticar e tratar as doenças hepáticas, para que não haja maior prejuízo no desenvolvimento das crianças afetadas. O diagnóstico precoce também é muito importante para que se possa evitar – em muitos casos é possível – a evolução para cirrose e/ou falência hepática.
Em 2020, após reunir condições técnicas e equipamentos semelhantes aos utilizados nos Estados Unidos, além de uma equipe multiprofissional composta por 22 especialistas, o Hospital retomou o serviço de transplante de fígado. O momento foi marcado pelo sucesso no procedimento em um paciente de apenas 1 ano de vida.
Para este transplante histórico, a instituição contou com a presença do cirurgião Rodrigo Vianna, diretor do Miami Transplant Institute – o maior hospital de transplantes dos EUA. E, somente no último ano, foram realizados 15 transplantes de fígado no maior hospital exclusivamente pediátrico do Brasil.