Mitos e verdades: obesidade infantil
Uma pesquisa da Comissão Para Erradicar a Obesidade Infantil, da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicada no dia 25 de janeiro, constatou que há pelo menos 41 milhões de crianças de até cinco anos obesas em todo o mundo. De 1990 a 2014, esse número aumentou em 10 milhões. A endocrinologista do Complexo Pequeno Príncipe, Gabriela Carvalho Kraemer, esclarece quais são os principais mitos e verdades sobre o tema.
– A obesidade acarreta apenas no aumento de peso?
MITO – “Além do excesso de peso, a obesidade pode causar alterações ortopédicas, apneia do sono, hipertensão arterial, resistência insulínica e diabetes, depressão, ansiedade e outros.”
– Uma criança obesa será necessariamente um adulto obeso?
DEPENDE – “Existe maior probabilidade da criança obesa se tornar adulto obeso. Quanto mais próximo da adolescência a obesidade se instala, maior a probabilidade de permanecer na vida adulta. Para evitar essa situação, o ideal é a prevenção, corrigindo erros alimentares o mais precoce possível.”
– A tecnologia pode ser considerada um vilão no aumento da obesidade infantil?
VERDADE – “O sedentarismo, a substituição de brincadeiras nos quintais por brinquedos tecnológicos, substituição de alimentos caseiros por industrializados e passar mais tempo em frente à televisão são atitudes que somadas a outros fatores resultam no aumento da obesidade infantil.”
– É possível reverter um quadro de obesidade?
VERDADE – “A orientação é que os pais estimulem seus filhos a praticar atividades físicas, de preferência lúdicas. Eles também devem dar exemplo, consumindo alimentos saudáveis e tendo como foco não uma dieta, e sim a reeducação alimentar.”