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Linfoma: conheça os grupos Hodgkin e não Hodgkin
O linfoma é o terceiro tipo de câncer mais comum em crianças. Ocorre quando os linfonodos (células de defesa) são infiltrados por células malignas e crescem de forma descontrolada, interferindo negativamente no sistema linfático (que faz parte do sistema imunológico). O Serviço de Oncologia e Hematologia do Hospital Pequeno Príncipe é o maior do Paraná – de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) – e um dos mais importantes do Brasil na área de pediatria.
No Pequeno Príncipe, os dois tipos de linfoma – Hodgkin e não Hodgkin – têm uma incidência semelhante. Entre os linfomas não Hodgkin, o mais frequente é o Burkitt.
Tipos de linfomas
Linfoma Hodgkin
Comum em crianças acima de 9 anos, aparece como uma íngua com maior incidência na região do pescoço e cresce lentamente. Em muitos casos, a criança pode ter febre, perda de peso, sudorese e, menos frequentemente, prurido (coceiras). “Em geral, quando não possuem febre e perda de peso, podem ocorrer atrasos no diagnóstico. No Pequeno Príncipe, a maioria dos pacientes chegam em fases mais avançadas”, destaca a médica oncologista Ana Paula Kuczynski Pedro Bom, do Hospital Pequeno Príncipe.
Linfoma não Hodgkin
Frequente em crianças menores de 9 anos, é subdividido em três categorias:
– linfoma tipo Burkitt: é o mais comum. As ínguas geralmente crescem no interior do abdômen e de forma rápida. “As crianças chegam ao Hospital com grandes tumores no abdômen, muitas vezes com febre, vômito, perda de peso recente e, em poucas semanas, estão com o estado geral muito comprometido”, explica a oncologista.
– linfoma de células T: a doença pode apresentar-se com várias ínguas pelo corpo, como pescoço, axila, nas regiões das virilhas e, até mesmo, dentro do tórax. Por conta disso, a criança também pode manifestar queixas de tosse e falta de ar.
– linfoma anaplásico de grandes células: menos comum, esse tipo de linfoma pode caracterizar-se como um tumor no abdômen ou ínguas no pescoço, geralmente com uma evolução mais arrastada. A criança pode ter febre, perda de peso e prurido (coceiras) associado.
Causas
Assim como grande parte dos cânceres da infância, os linfomas não possuem uma causa específica, entretanto podem ocorrer com maior frequência em famílias com históricos de câncer.
Tratamento
Para o Hodgkin, a quimioterapia é recomendada nos estágios iniciais. Já em casos avançados, a radioterapia também se faz necessária. Para o outro tipo, a orientação médica de tratamento é somente a quimioterapia. “Para o não Hodgkin, a terapia com quimioterapia é complexa pelas altas doses de medicamento. Por conta disso, podem ocorrer complicações relacionadas ao tratamento”, relata a médica.
A profissional completa: “A expectativa de vida para pacientes com o tipo Hodgkin em estágio inicial é excelente, com mais de 90% de cura. Mesmo que seja um estágio avançado, as chances de cura ainda são boas, podendo chegar até 75%. Já no linfoma não Hodgkin depende de cada subtipo, no entanto a média é em torno de 80% de possibilidades de cura.”
Durante o tratamento, os pacientes possuem algumas limitações. Entre elas, não podem ir à escola nem frequentar ambientes fechados, por conta da baixa imunidade. Também não devem praticar exercícios físicos, pois possuem níveis baixos de plaquetas, pelo risco de sangramento. Entretanto, após finalizar as terapias, as crianças e adolescentes podem voltar à rotina habitual, de acordo com a recomendação médica.
O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).