Jovens Talentos conhecem programas do Hospital
A programação desta quinta-feira foi movimentada para os dez novos integrantes do Programa Jovens Talentos, que passam pela primeira semana de treinamento. No período da manhã eles participaram de uma dinâmica de grupo com o diretor da Universidade da Experiência, Guto de Lima.
Com o tema “Inovação e Colaboração”, o encontro consistiu em um bate-papo e na realização de atividades interativas, com uma abordagem participativa. “A ideia foi provocar a discussão e a reflexão por meio de dinâmicas para os jovens perceberem o seu potencial e a força da colaboração”, disse o instrutor.
Entre os temas tratados estiveram resiliência, inovação, força do propósito e visão sistêmica na execução do trabalho. Todos impactam diretamente na atuação dos jovens. Os temas propósito e colaboração também foram abordados pelo diretor da Nex Coworking, André Pegorer.
Vitor Pollo Mazurek considera importante “deixar a sua marca e fazer história na instituição onde se está. Se a pessoa se sente bem no lugar, se identifica com a empresa, não há motivo para sair”.
Em relação à semana de treinamento, revelou estar sendo bastante proveitosa e destacou a palestra de ontem (25) com o presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro. “Ele é um espelho para nós. Tem um currículo grande e mostrou que é possível mudar a realidade por onde passamos.”
Segundo Talita Botelho, as atividades são uma oportunidade para conhecer o grupo e para refletir antes de iniciar o trabalho. “É uma semana de conhecimento e de crescimento. Na palestra de Bernt Entschev, ele nos repassou dicas importantes para a carreira por meio da experiência de vida. Entendemos o que é necessário para chegar onde se quer”, destacou.
Já Isabela Serraglio comentou que a semana de treinamento “é essencial para anteceder tudo o que vem pela frente nos próximos cinco meses. São atividades bem agregadoras, lições para a vida e para aplicarmos no Pequeno Príncipe”.
Educação e Cultura
A programação da tarde teve a apresentação do coordenador do Setor de Educação e Cultura, Cláudio Teixeira. Ele relatou que o acompanhamento educacional teve início em 1988, com três professoras do município auxiliando as crianças durante o internamento. Hoje, são sete professoras contratadas pelo HPP e sete do município, além de três professoras e uma pedagoga do estado.
Cláudio explicou como é prestada a assistência educacional para os pacientes e ressaltou que “graças a isso eles têm conseguido se manter na escola. É também uma garantia do direito constitucional à educação, que o Hospital respeita”.
O coordenador também apresentou algumas das atividades culturais implantadas pelo setor, como o incentivo à leitura por meio Projeto Biblioteca Viva; o estímulo ao raciocínio, à expressão verbal e às habilidades psicomotoras com jogos; bem como as oficinas de cinema, fotografia, artes plásticas, música, realizadas via Lei Rouanet.
Família Participante
Na sequência, a psicóloga Tatiana Forte contou um pouco da história do Programa Família Participante, do qual foi uma das fundadoras. Ela lembrou que antes do programa a instituição separava mães e filhos em um momento crítico, permitindo apenas visitas de 30 minutos uma vez por semana.
“A equipe de psicologia notou que isso não colaborava na recuperação das crianças e até provocava depressão nelas. Aos poucos fomos conseguindo aumentar o tempo e a frequência das visitas. Em reunião com a enfermagem, as equipes relatavam maior tranquilidade e facilidade no tratamento com as crianças”, afirmou.
Aos poucos os resultados desse convívio foram aparecendo, entre os quais o desaparecimento os casos de depressão, a diminuição do período médio de internamento de 17 para 3,4 dias, e a antecipação de uma política pública na área de saúde.
De acordo com Tatiana, as necessidades do programa foram crescendo ao passo que ele vencia a resistência interna e passava a ser implantado além dos setores de hematologia, ortopedia e oncologia. E a solução era buscar ajuda na comunidade, que sempre atendia.
Hoje, muito bem estruturado, os pais que acompanham seus filhos recebem kit sono, kit banho, refeições, além de ter estrutura adequada para a permanência nos quartos. Pelos resultados obtidos nesses anos, o Família Participante já recebeu cinco prêmios e tornou o ambiente hospitalar mais humanizado.