Falar sobre saúde mental desde a infância se torna cada vez mais necessário, especialmente neste Janeiro Branco, mês dedicado ao tema. Dados levantados pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) revelam que, a cada ano, cerca de mil crianças e adolescentes, entre 10 e 19 anos, cometem suicídio no Brasil. O Hospital Pequeno Príncipe, referência no atendimento à saúde infantojuvenil, identificou um aumento significativo do volume de tentativas de suicídio nos últimos anos – de nove casos em 2019 para 56 em 2022.
A psicóloga e coordenadora do Serviço de Psicologia do Hospital Pequeno Príncipe, Angelita Wisnieski da Silva, destaca que crianças e adolescentes podem sofrer por questões físicas, psicológicas e sociais como qualquer pessoa. “Dar atenção ao estado de saúde mental manifesto por comportamentos, expressões emocionais, fragilidades e oferecer escuta, apoio e tratamento profissional às crianças e aos adolescentes pode prevenir consequências graves como a automutilação e o suicídio”, pontua.
Crianças e adolescentes, em seu processo de desenvolvimento e maior vulnerabilidade ao sofrimento, requerem medidas para ensiná-los a lidar com desafios. É uma responsabilidade coletiva estimular uma visão de mundo mais ampla, incentivar soluções para problemas e ensinar, desde cedo, que as dificuldades impostas pelo mundo podem ser enfrentadas e superadas de maneira mais leve quando compartilhadas.
Sinais de que a saúde mental de crianças e adolescentes precisa de mais atenção
É papel dos pais e responsáveis estarem atentos às mudanças de comportamento, bem como a estados intensos e persistentes que atrapalhem ou dificultem a rotina, como:
– desinteresse, dificuldades ou prejuízos no desempenho e na aprendizagem escolar;
– ansiedade, agitação, irritabilidade ou tristeza permanentes;
– isolamento persistente, com afastamento de grupos sociais;
– alterações no sono e no apetite;
– baixa autoestima, com desinteresse e descuido com a aparência;
– comentários frequentes negativos em relação ao futuro e autodepreciativos;
– desinteresse por atividades de que gostava e desapego de pertences que valorizava; e
– expressões e comentários que indiquem desejo de morrer.
Onde buscar ajuda?
Os serviços de Psicologia e de Psiquiatria do Hospital Pequeno Príncipe oferecem assistência a pacientes internados e em tratamento na instituição. Mas a recomendação é que, aos primeiros sinais, a criança ou o adolescente seja encaminhado a um pediatra para avaliação geral, bem como a profissionais de saúde mental.
É possível buscar ajuda nas unidades básicas de saúde (UBSs), nos centros de atenção psicossocial (Caps) e nas clínicas de psicologia das universidades. O Centro de Valorização da Vida (CVV) também oferece apoio emocional 24 horas por dia, sob total sigilo, por meio da ligação gratuita (188).
Por que Janeiro Branco?
Janeiro é um mês que inicia como uma página em branco e promove reflexão sobre novas metas, renovações de ações e pensamentos para o novo ano. Janeiro Branco é uma campanha de conscientização que instiga todos para o cuidado com a saúde mental, que deve ser uma prioridade a cada dia.
Como os pais e responsáveis podem cuidar da saúde mental na infância e adolescência?
1. Saúde mental da família
Cuidar da própria saúde mental é o ponto de partida para ser uma boa referência às crianças e aos adolescentes. Admitir que mesmo um adulto não tem respostas e solução para tudo é uma forma de mostrar que ninguém precisa enfrentar todos os desafios sozinho. É importante dedicar um tempo para as paixões, hobbies e descanso. E, se necessário, buscar auxílio profissional de psicólogo ou psiquiatra quando perceber necessidade.
2. Diálogo aberto
Um diálogo aberto é a chave para fortalecer os vínculos familiares. Estar atento às necessidades de afeto e de presença é vital para o bem-estar das crianças e dos adolescentes. Por isso, estar disponível para ajudar, oferecer apoio e respeitar cada sentimento é essencial em uma relação. Acolha as expressões de emoções, mesmo que negativas, sem julgamentos e com tranquilidade.
3. Valorização das conquistas
É fundamental valorizar as qualidades, aprendizados e superações das crianças e dos adolescentes. Isso não só constrói a autoestima como também fortalece o apoio familiar. Mostrar que é importante reconhecer, aceitar e respeitar suas próprias qualidades e limites, assim como os dos outros, é essencial nesse processo de autoconhecimento. Além disso, é necessário valorizar sentimentos positivos da criança consigo, com os outros e com a vida.
4. Tempo de qualidade em família
Promover o lazer em família, mas também respeitar o momento em que a criança ou o adolescente quer estar sozinho, favorece relacionamentos saudáveis. Propiciar a ideia de pertencimento, de fazer parte de uma família, de uma comunidade, pode amenizar a sensação de desamparo vivenciada em diferentes fases da vida.
O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).
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