Hospital Pequeno Príncipe reforça a importância do diagnóstico precoce no Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil
No Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, 23 de novembro, o Hospital Pequeno Príncipe, que há quase cinco décadas é referência no tratamento da doença entre crianças e adolescentes, reforça a importância do diagnóstico precoce para salvar vidas. Quanto antes a enfermidade for descoberta e se iniciar o tratamento, maiores são as chances de cura.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a doença é a principal causa de morte na faixa etária de 0 a 19 anos. Se diagnosticada a tempo, a possibilidade de êxito na superação do problema é de até 80%. “O diagnóstico precoce é muito importante para o tratamento e é o caminho que leva à cura de diversas enfermidades. E quando se fala sobre casos de câncer que acometem pacientes que fazem parte do público infantojuvenil, ele é essencial”, comenta a coordenadora do Serviço de Oncologia e Hematologia do Hospital Pequeno Príncipe, Flora Mitie Watanabe. Anualmente, são registrados cerca de 12 mil novos casos no Brasil. Deste total, aproximadamente 400 apenas no Paraná.
A instituição, que oferece atendimento a pacientes de 0 a 18 anos, é considerada como o maior serviço exclusivamente pediátrico do Paraná na área, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde. O Pequeno Príncipe também é referência no tratamento de tumores sólidos e doenças hematológicas malignas e não malignas. “O câncer se manifesta de forma diferente nos adultos e em crianças e adolescentes. Os meninos e meninas respondem de forma melhor ao tratamento com quimioterapia. Por isso é importante que o diagnóstico seja feito de forma precoce e a doença não seja descoberta tardiamente”, reitera a médica Flora Mitie Watanabe.
Referência
Além da Oncologia e Hematologia, o Hospital Pequeno Príncipe também se destaca nacionalmente com o Serviço de Transplante de Medula Óssea. Em 2016, foram entregues importantes obras de ampliação na área, como o aumento do número de leitos (de 3 para 10), que transformaram a instituição em um dos maiores centros pediátricos para a realização do procedimento via SUS no país.
No ano passado, o Hospital foi responsável por 20 transplantes de medula óssea. “Há 50 anos, prometi que iria fazer todo esforço para mudar a realidade das crianças que não tinham chance de cura com a leucemia. Hoje, 80% das crianças são curadas com a quimioterapia. Para os outros 20%, a única alternativa é o transplante”, fala o chefe do Serviço de Transplante de Medula Óssea do Pequeno Príncipe, Eurípides Ferreira.
A leucemia é o tipo mais comum de câncer no público infantojuvenil, seguido de tumores do sistema nervoso central e linfomas. Os cânceres em crianças e adolescentes são considerados mais agressivos e se desenvolvem rapidamente. Por outro lado, meninos e meninas respondem melhor ao tratamento e as chances de cura são maiores, se comparado com o público adulto.
Apenas em 2016, o Serviço de Oncologia, Hematologia e Transplante de Medula Óssea do Hospital Pequeno Príncipe realizou 7.866 atendimentos ambulatoriais. No mesmo período, foram quase 4 mil sessões de quimioterapia e 90 novos pacientes.
Sintomas
Para que a detecção do câncer seja feita no estágio inicial, é preciso que os pais e responsáveis fiquem atentos a sintomas como anemia; manchas roxas; nódulos; aumento de volume nas pernas, coxas e barriga; e dor de cabeça que não cessa. “Os pediatras precisam prestar atenção a isso. E os pais devem levar seus filhos ao médico ao perceberem esses sinais”, salienta a médica Flora Mitie Watanabe.
Pacientes de todo o Brasil são encaminhados para o diagnóstico, tratamento e investigação na área científica contra o câncer e outras doenças de sangue no Hospital Pequeno Príncipe. Cerca de 80% do atendimento é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em média, são registrados 120 novos casos por ano.
Muitas vezes, os sintomas do câncer são confundidos com doenças comuns da infância. Fique atento:
– Dores nos ossos, principalmente nas pernas, com ou sem inchaço.
– Palidez inexplicada.
– Fraqueza constante.
– Aumento progressivo dos gânglios linfáticos.
– Manchas roxas e caroços pelo corpo, não relacionados a traumas.
– Dores de cabeça, acompanhadas de vômitos.
– Perda de peso, com aumento/inchaço na barriga.
– Febre ou suores constantes e prolongados.
– Distúrbios visuais e reflexos nos olhos.