Homenagem à Irmã Lourdes e sua trajetória no Pequeno Príncipe é cercada de muita emoção
Carinhosamente apelidada de “Irmã Sorriso”, a Irmã Lourdes Nogueira da Silva iniciou sua trajetória no Pequeno Príncipe em 2000, quando começou a atuar como religiosa e profissional de enfermagem na instituição. Nesta quinta-feira, dia 23, o Hospital Pequeno Príncipe realizou uma homenagem que marcou seus 21 anos de atuação e sua despedida do maior hospital pediátrico do Brasil, pois em 2022 a religiosa assumirá uma nova missão atendendo ao chamado da Congregação das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus.
Contando com a presença de colaboradores, pacientes e familiares, a cerimônia uniu um público que tinha uma motivação em comum: retribuir todo o amor e carinho para uma figura tão especial e humana quanto a Irmã Lourdes. Durante sua história no Pequeno Príncipe, ela assumiu diferentes papéis entre os setores do Hospital, tocando todas as pessoas por quem passava com muita empatia, carinho e ternura. Sua jornada percorreu lugares como o Setor de Nefrologia, a enfermagem do Centro Cirúrgico e a coordenação da Pastoral da Espiritualidade. A palavra que definiu seu percurso, em cada uma das funções que desempenhou, foi dedicação.
Irmã Lourdes sempre foi além, buscando proporcionar momentos únicos e cheios de emoção ao atender a pedidos de pacientes do Hospital e seus familiares. Humanização é palavra-chave ao descrever as ações proporcionadas às crianças e aos adolescentes internados na instituição. A paciente Tainara Cunha, que realizou tratamento no Serviço de Oncologia do Hospital, é uma das lindas histórias que envolvem a atuação dedicada da “Irmã Sorriso”. Com sua ajuda, Tainara conheceu o Padre Fábio de Melo, comemorou seu aniversário, assim como o Dia das Mães, e também realizou sua primeira comunhão.
Com tantas boas memórias e vidas transformadas para sempre, o que permanece é o carinho, junto das lições e virtudes que a Irmã Lourdes tanto pregou em seu tempo no Pequeno Príncipe. Representantes de diversos setores do Hospital compartilharam suas histórias e agradeceram o legado deixado pela religiosa não somente ao Hospital, mas para a vida pessoal e profissional de cada pessoa com quem conviveu.
“A minha mãe começou no Hospital em 1966 e ela encontrou nas irmãs uma família. Foi com as irmãs que ela começou um enorme processo de revolução aqui no Pequeno Príncipe, abrindo relacionamentos com os médicos, com as famílias e com as crianças. E ter você aqui também foi um belo presente para mim. O Antoine de Saint-Exupéry tem uma fala sobre as pessoas especiais: ‘Aqueles que passam por nós não vão sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós’. A sua marca está aqui e vai ser multiplicada todos os dias com essa boa energia que você trouxe”, agradeceu a diretora-executiva do Hospital Pequeno Príncipe, Ety Cristina Forte Carneiro.
“Uma qualidade muito importante é a alegria, acompanhada de resiliência. Eu acompanhei alguns episódios muito difíceis que exigiram muita resiliência para a manutenção da alegria, porque é difícil manter esse sentimento num ambiente tão adverso. Nas crianças, vemos uma condição essencial, que é essa persistência da alegria. E nisso o exemplo da Irmã Lourdes é formidável. Da lembrança, como diz Saint-Exupéry, de que todo adulto foi criança um dia. Sua dedicação aqui é um exemplo para ser lembrando por muito tempo, por todos nós e todos que não estão aqui”, afirmou o diretor-corporativo do Complexo Pequeno Príncipe, José Álvaro da Silva Carneiro.
Para o diretor-técnico do Hospital Pequeno Príncipe, Donizetti Giamberardino Filho, a presença da irmã encantou e estimulou os profissionais da instituição. “A participação e semeadura da Irmã Lourdes aqui no Pequeno Príncipe são de um simbolismo muito maior do que se imagina. Com todas as atitudes e exemplos, mais do que palavras, ela dá de presente para nós algo muito valioso, que é a luz que a irmã tem. Minhas palavras são de respeito, reconhecimento e agradecimentos por todo o trabalho que está e estará presente aqui”, concluiu.