Há duas décadas, Pequeno Príncipe proporciona qualidade de vida aos colaboradores em iniciativa pioneira
“Não tenho tempo para cuidar de mim.” Quantas vezes você já falou ou ouviu alguém conhecido afirmar isso? Pensando na importância do autocuidado, há 20 anos, o Pequeno Príncipe deu início ao Programa Cores – Controle e Redução do Estresse. A iniciativa pioneira proporciona, de forma gratuita, o tempo para o colaborador olhar-se e cuidar-se por meio de diferentes atividades.
Atividade física, reiki, auriculoterapia, massagem rápida, orientação nutricional e psicológica… Esses são apenas alguns dos serviços exclusivos e gratuitos oferecidos aos colaboradores do Pequeno Príncipe por meio do Programa Cores ao longo de duas décadas. Somente nos últimos dez anos, de 2011 a julho de 2021, foram realizados quase 52 mil atendimentos, com diversas vidas transformadas.
“Nós percebemos a valorização que os profissionais sentem quando participam das atividades. Para nós, é extremamente gratificante acompanhar a diferença, seja no bem-estar físico ou mental. O nosso propósito é cuidar de quem cuida, e isso reflete no cuidado com paciente, colegas e até em casa, com a família”, ressalta a coordenadora da Central de Atendimento ao Colaborador Pequeno Príncipe (CAC PP), Susiane Artuzi Mota e Silva.
O desafio da pandemia
A pandemia do coronavírus é o maior desafio para todos e, para a iniciativa, não foi diferente. “A pandemia nos fez parar com tudo. E parar com aquilo que fazia tão bem às pessoas foi difícil. Mas, naquele momento, era necessário. Parar foi um ato de cuidado para proteger nossos colaboradores de um vírus tão desconhecido e letal”, enfatiza a coordenadora.
Aos poucos, as mudanças começaram a acontecer. E o que era presencial passou a ser realizado de forma on-line, como atividade física orientada e orientação psicológica e nutricional. O aumento dos números reflete na necessidade que as pessoas passaram a ter de se cuidar. A atividade física, por exemplo, registrou 537 atendimentos só de janeiro a julho de 2021, sendo que em 2018 e 2019 – anos que antecederam a pandemia – os atendimentos anuais foram 194 e 179, respectivamente.
Como é o caso da enfermeira auditora do Pequeno Príncipe, Patrícia Rosa Gonçalves, que percebeu a importância da prática da atividade física para a sua recuperação após ser infectada pela COVID-19. “Em fevereiro, fui contaminada pelo vírus e percebi a importância de estar exercitando meu corpo antes disso. Com a doença, a respiração é afetada, bem como a musculatura. Então, só tenho a agradecer por ter tido a oportunidade de me cuidar. Porque sei que, especialmente durante a pandemia, não teria achado tempo para isso se não fosse pelo Hospital”, relata a profissional.
Apesar do incentivo do Pequeno Príncipe e de sua supervisora, partiu de Patrícia a proatividade de buscar esse apoio. “Mesmo cansada, com vários afazeres do trabalho e da casa, mantive o foco e determinação para dedicar 40 minutos, em dois dias da semana, para me exercitar. Hoje, o meu filho me incentiva, pergunta ‘mãe, hoje tem atividade?’ e até faz comigo às vezes. Isso melhorou minha qualidade de vida, disposição e autoestima. E, claro, sempre incentivo meus colegas de trabalho a participarem também. É motivador”, finaliza.