Gravidez na adolescência: quais são os riscos?

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Gravidez na adolescência: quais são os riscos?

A gestação nessa fase, que compreende dos 10 aos 19 anos, gera uma série de consequências para a vida da mãe e do bebê
03/02/2023
gravidez adolescência
O impacto da gravidez na adolescência é enorme e envolve questões biológicas, psicológicas e socioeconômicas.

A gravidez na adolescência é um problema de saúde pública, pois resulta em vários fatores, desde complicações para a saúde da mãe e do bebê a questões psicológicas e socioeconômicas. No Brasil, somente em 2020, foram 380,7 mil gestações de meninas com idades entre 10 e 19 anos, segundo os últimos dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc).

A pressão social, a falta de diálogo e a curiosidade são alguns fatores que contribuem para a atividade sexual despreparada e desprotegida, que pode originar uma gravidez não desejada. Para transformar essa realidade, é necessário colocar em prática o que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) aborda. A importância da atuação da família, escola, profissionais de saúde, órgãos públicos e sociedade é essencial para proporcionar o diálogo sobre sexualidade de forma permanente e integrada, propiciando assim uma base de educação sexual.

O pediatra Germano Garcia de Andrade Oliveira reforça a necessidade do diálogo, que deve acontecer ao longo da vida, sem tabus e preconceitos. “É muito importante que os adolescentes tenham as informações necessárias e exerçam sua primeira relação sexual com responsabilidade, de forma saudável e no tempo certo”, pontua.

Riscos da gravidez na adolescência

Os dados são ainda mais alarmantes se considerado o recorte de meninas entre 10 e 14 anos. Foram registradas 17,5 mil gestações nessa faixa etária. Toda a gravidez na adolescência tem o risco aumentado. Mas para as menores de 15 anos, o risco de mortalidade materna aumenta em cinco vezes, segundo o Ministério da Saúde. Já entre gestantes de 15 a 19 anos, a probabilidade é duas vezes maior que nas mulheres de 20 ou mais.

Os riscos para as adolescentes também envolvem dificuldade de trabalho de parto, eclampsia (consequência da pré-eclampsia, doença que acontece devido à elevação da pressão arterial), anemia e infecção durante a gestação. Já para os bebês, há maior probabilidade de serem prematuros, terem baixo peso ou malformações ao nascer e complicações que podem levá-los ao óbito.

O impacto da gravidez na adolescência é enorme e vai além das questões biológicas. “A gravidez pode fazer parte do ciclo familiar, mas deve ser uma escolha consciente, responsável e planejada. Quando acontece de forma precoce, ainda num processo de maturidade, desestrutura uma família. A gravidez, muitas vezes, faz com que mães abandonem os estudos, percam oportunidades e deixem sonhos para trás”, finaliza o pediatra.

O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).

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