Fator genético é essencial para o diagnóstico de colesterol alto
O colesterol é um tipo de gordura que contribui para a formação das membranas envoltas nas células, produção de hormônios e de vitamina D. Parte dele provém de produtos de origem animal (carne vermelha, ovos e bacon) e outra é produzida pelo fígado. Seu excesso é prejudicial e aumenta os riscos de problemas cardíacos. Além da má alimentação, o fator genético é essencial para o diagnóstico de colesterol alto.
“Em adultos, o estilo de vida sedentário e o consumo de fast foods, por exemplo, podem levar à obesidade e também ao diabetes, que contribuem para o aumento do colesterol. Em crianças e adolescentes, o fator de risco realmente importante é ter o pai ou a mãe com a gordura em níveis elevados. A partir daí, uma vida pouco saudável já pode agravar a situação”, explica a médica endocrinologista do Hospital Pequeno Príncipe, Rosângela Rea.
O público infantojuvenil corre ainda mais riscos. “Uma criança ou adolescente com aumento de colesterol permanecerá muitos anos com níveis elevados no sangue, o que poderá aumentar em até 30 vezes o risco de problemas cardíacos”, destaca a médica.
Não existem sinais ou sintomas de aumento do colesterol. Em casos extremos podem aparecer pequenos depósitos ou tumores benignos compostos de matérias gordurosas. Para seu diagnóstico é indispensável a realização de exames de sangue. “Deve ser feito em todas as crianças com mais de 10 anos e, se o pai ou a mãe tiverem colesterol alto, antes mesmo disso”, aponta a profissional.
Para diminuir os índices de colesterol no organismo é preciso manter uma alimentação saudável e praticar atividades físicas, mas nem sempre isso é o suficiente. “Nos casos de herança genética, faz-se necessário o uso de medicamentos. O pediatra saberá indicar o melhor tratamento e identificar situações nas quais o paciente deverá ser encaminhado a um especialista”, afirma a endocrinologista.
Existem dois tipos de colesterol. O LDL é considerado “ruim”, porque se deposita nos vasos sanguíneos e pode interromper a circulação, o que pode causar, por exemplo, infarto. Ao contrário, o HDL é o “bom”. Os estudos indicam que ele pode remover o excesso de colesterol das placas encontradas nos vasos e proteger contra o infarto.