Exame de fundo de olho pode evitar retinoblastoma
Apesar de pouco incidente na Região Sul do país, o retinoblastoma é um tumor maligno que pode manifestar-se de forma agressiva e provocar a perda de visão e até óbito em crianças menores de 4 anos. O alerta contra a doença ganha força no Brasil nesta quinta-feira, 18 de setembro, Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma.
Trata-se do câncer ocular mais comum na infância, que se descoberto no início tem chance de cura de 90%, porém 50% dos casos diagnosticados tardiamente podem levar à perda da visão. Por ano, são registrados cerca de 400 casos no país.
De acordo com a hemato-oncologista pediátrica Ana Paula Kuczynski, do Hospital Pequeno Príncipe, uma forma de os pais descobrirem se os filhos têm indício dessa doença é bastante simples. “Basta pedir para a criança olhar diretamente para uma luz artificial e observar se há uma mancha branca na pupila. Mas o ideal mesmo é pedir para o pediatra realizar o exame do fundo do olho a cada três meses”, afirmou.
Segundo a profissional, a verificação rotineira pode evitar o agravamento do tumor, pois se a pupila já apresentar a mancha é sinal de que a visão está comprometida. “Outra forma de identificar o retinoblastoma é observar, em fotografias, se os olhos têm o chamado ‘reflexo do olho de gato’, ou seja, uma mancha esbranquiçada.”
Nos últimos dez anos, o Hospital Pequeno Príncipe registrou 36 casos da doença. A maior incidência no Brasil está na Região Nordeste, informou a médica. A campanha nacional nesta quinta-feira tem como objetivo educar a população em geral e os profissionais de saúde, ampliar o diagnóstico precoce do retinoblastoma e salvar a visão e a vida de crianças com esse câncer.
Estrabismo (olhar vesgo)
Fotofobia (sensibilidade exagerada à luz)
Dificuldade visual
Aparência anormal do olho
Inflamações
Conjuntivite
Formas de tratamento
Por tratar-se de um câncer maligno, a responsabilidade pelo tratamento é de médicos especialistas, que adotarão os procedimentos conforme o grau de cada paciente. São utilizadas: cirurgia, quimioterapia, radioterapia e tratamento oftalmológico local com laser. Há também a possibilidade de terapia alternativa, como a quimioterapia intra-arterial. Nos casos mais graves, retirar o globo ocular pode ser a única alternativa.