Ortopedia no Pequeno Príncipe
Referência nacional, o Serviço de Ortopedia do Hospital Pequeno Príncipe está entre os maiores serviços de ortopedia pediátrica do Brasil. A especialidade conta com 15 cirurgiões, todos com formação no exterior. A ortopedia pediátrica é uma subespecialidade que inclui todas as doenças ortopédicas da infância. Assim, todos os profissionais do serviço atendem de forma global a todas as patologias. Além do atendimento de emergência 24 horas, o serviço realiza consultas e cirurgias, incluindo os procedimentos de grande porte. Conta com toda a estrutura necessária de apoio ao diagnóstico por imagem, interação com profissionais de outras áreas da medicina e suporte na reabilitação. No Centro Cirúrgico, mantém uma das salas mais modernas do Brasil, equipada com intensificador de imagem, ar-condicionado com fluxo laminar e mesas cirúrgicas adequadas para os diferentes tipos de procedimentos.
Dor de crescimento: como aliviar o desconforto nas crianças?
Em casa e nos consultórios médicos é comum ouvir das crianças a queixa de dor na região anterior da perna (canela), região posterior do joelho, panturrilha e coxas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a condição, conhecida como dor de crescimento atinge entre 10% e 20% das crianças. Apesar de não ter um tratamento específico, o Hospital Pequeno Príncipe reforça que o problema é comum e alguns procedimentos podem aliviar a dor local.
A incidência da dor é maior em crianças de 2 a 6 anos, mas ela também aparece na faixa etária de 8 a 14 anos. Ou seja, o incômodo surge nesses períodos de crescimento visível, mas não tem relação direta com ele. “A dor de crescimento que se manifesta no período da infância ou início da puberdade não causa sequelas ou danos. O importante é fazer o diagnóstico com segurança e minimizar o problema até que ele desapareça”, relata o ortopedista pediátrico Evando José Aguila Góis, do Hospital Pequeno Príncipe.
As pesquisas sobre as causas da dor de crescimento ainda não são conclusivas. Há indícios sobre uma possível relação genética, já que progenitores ou familiares de primeiro grau relatam histórias de dor chegando a 47% dos casos, segundo a SBP. Fatores psicológicos em crianças, como o baixo limiar de dor, também podem estar correlacionados ao problema.
O final da tarde e a noite são os períodos mais comuns em que se iniciam as dores. Em cerca de 20% dos casos, seu aparecimento pode ter ligação com atividades físicas mais intensas durante o dia, como correr e pular. A frequência da dor é variável, em certos períodos pode ser diária, e por vezes pode levar meses para se repetir.
Como não existem exames específicos para a dor de crescimento, o diagnóstico é feito excluindo-se a possibilidade de outras doenças. O médico pediatra deve realizar exames para identificar sinais e sintomas relacionados a outras causas de dor. O ortopedista pediátrico aponta as principais características da dor de crescimento que podem auxiliar na avaliação clínica:
– é uma crise de dor que dura, em média, 40 minutos. Ou seja, ela não persiste por longos períodos;
– mesmo a dor sendo intensa à noite, ela desaparece no dia seguinte;
– o toque na região da dor e massagem aliviam o incômodo, diferentemente de outros tipos de lesão ou doença como traumas, entorse, tumores, artrites e infeções;
– a dor de crescimento não apresenta sintomas associados, como inchaço, claudicação (mancar), vermelhidão e febre, por exemplo.