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Diabetes atinge 537 milhões de pessoas no mundo
O diabetes acomete um em cada dez adultos no mundo. No Brasil, são 15,7 milhões de diabéticos, segundo o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF). A doença é crônica, metabólica e caracterizada por elevados níveis de glicose no sangue. Principal fonte de energia do organismo, a glicose é produzida a partir de alimentos, principalmente dos que contêm açúcar.
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que tem a função de quebrar as moléculas de glicose e transformá-las em energia. “A ausência de insulina dificulta a queima do açúcar e sua transformação em outros produtos, como proteínas, músculos e gordura”, explica a médica endocrinologista Julienne Angela Ramires de Carvalho, do Hospital Pequeno Príncipe.
Existem dois tipos mais comuns de diabetes:
- tipo 1: o pâncreas deixa de produzir ou produz pouca insulina;
- tipo 2: o organismo se torna resistente à ação da insulina.
“O diabetes tipo 1 é o mais comum em crianças e adolescentes, além de ser uma das doenças crônicas mais frequentes na infância”, pontua a médica.
Tecnologia aliada ao tratamento do diabetes
Sensor de glicemia
O dispositivo mede os níveis de açúcar (glicose) no corpo. Sem agulha, o sensor é colado na pele do paciente e envia informações para um aplicativo no celular. O diferencial dessa tecnologia é que não há necessidade de coleta sanguínea, um incômodo para quem precisa verificar o nível de glicemia diariamente.
Os dados são mostrados em tempo real e com o auxílio de gráficos, que indicam os níveis glicêmicos do passado, do presente e uma estimativa para o futuro.
Bomba de insulina
Pequena e portátil, é um dispositivo que fornece insulina de ação rápida e contínua. Uma pequena agulha é inserida no abdômen e, por meio de um tubo, o líquido chega ao organismo. O dispositivo pode ser transportado facilmente, e a administração de doses pode ser feita em qualquer lugar.
Além disso, a bomba possibilita o ajuste da dose de insulina com precisão e permite um controle eficiente dos níveis de glicemia ao longo do dia.
Caneta da Saúde
Tradicionalmente utilizado no tratamento do diabetes, o dispositivo é parecido com uma caneta e possui uma agulha ultrafina na ponta. A Caneta da Saúde é distribuída gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e vem preenchida com insulina para que o paciente possa aplicar em si mesmo. Seu público-alvo são crianças e adolescentes até 19 anos e adultos a partir de 45 anos de idade.
O dispositivo é de fácil manuseio e transporte, e garante a dosagem correta prescrita. De acordo com dados oficiais do portal da Caneta da Saúde, 90% dos pacientes que utilizam o dispositivo afirmam precisar de menos assistência no momento da aplicação, e 64% das pessoas com diabetes que fazem uso da caneta apresentaram menos episódios de hipoglicemia (açúcar no sangue abaixo do normal).
Diabetes e vacina
A imunização é fundamental para a proteção contra diversas doenças que podem levar ao óbito. Pacientes com doenças crônicas ou comorbidades estão mais suscetíveis a ter sintomas mais graves, por isso devem sempre estar com a Carteira de Vacinação atualizada.
O programa CRIE (Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais), do Sistema Único de Saúde, disponibiliza imunizantes gratuitos e específicos para pacientes com doenças crônicas, como diabetes. Um exemplo disso é a vacina pneumocócica 13 valente, que oferece proteção contra a pneumonia. O imunizante não está disponível para todas as faixas etárias nem em todas as unidades básicas de saúde (UBSs), no entanto está disponível no CRIE para o grupo das doenças crônicas, inclusive o diabetes.
Serviço de Endocrinologia do Pequeno Príncipe
A especialidade atende crianças e adolescentes com obesidade, diabetes e doenças metabólicas, como as que provocam o aumento nos níveis de triglicerídeos e colesterol. Além disso, o Hospital também disponibiliza tratamento para crianças com baixa estatura, puberdade precoce, alterações do desenvolvimento sexual, doenças da tireoide e das glândulas adrenais, entre outros. O serviço assiste, ainda, pacientes com enfermidades ósseas raras, como a osteogênese imperfeita, conhecida como doença dos ossos de vidro, o raquitismo e a acondroplasia.
O Pequeno Príncipe é signatário do Pacto Global desde 2019. A iniciativa presente nesse conteúdo contribui para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e Bem-Estar (ODS 3).