Acompanhe também as redes sociais do Hospital Pequeno Príncipe (Facebook, Instagram, LinkedIn, X, YouTube e TikTok) e fique por dentro de informações de qualidade!
Competição Desafio do Canivete deu a largada para o projeto Re-Conhecer e Reviver o Rio Iguaçu

A competição Desafio do Canivete de kayak extremo, realizada no primeiro sábado de abril, dia 5, deu a largada para o projeto Re-Conhecer e Reviver o Rio Iguaçu, de iniciativa do Complexo Pequeno Príncipe. Referência internacional em saúde infantojuvenil, a instituição busca ampliar o debate sobre a relação entre o meio ambiente e a saúde integral e global, ao chamar atenção para a preservação do manancial, maior rio do Paraná.
Pódio
A prova, realizada no final de semana, reuniu alguns dos melhores atletas da modalidade do Brasil. Os irmãos Guilherme Schena e Fábio Schena, que se destacam no cenário mundial do esporte, tiraram o primeiro e o segundo lugares. Os atletas percorreram cerca de 300 metros na Corredeira do Canivete, trecho do Rio Iguaçu que fica entre as cidades de Balsa Nova e Lapa, no Paraná.
Guilherme foi campeão brasileiro de kayak extremo em 2023 e vencedor da tradicional prova Boater Cross da Canastra, enquanto Fábio garantiu o título do Campeonato Mineiro em 2022 e foi vice-campeão brasileiro em 2023. Juntos, já representaram o Brasil em competições internacionais na Argentina e no Chile, consolidando seus nomes entre os principais atletas sul-americanos da modalidade.
Em terceiro lugar ficou Allan Kauã, jovem talento também de Tibagi. Com apenas 20 anos, Allan participou de dois mundiais na Europa no ano passado – Montenegro e Espanha – e não conhecia o Rio Iguaçu assim de perto. “Foi uma experiência incrível e muito desafiadora. Gostei da experiência. Temos que cuidar muito bem do Rio Iguaçu”, disse o jovem, que conheceu o esporte há nove anos no projeto social Semeando Sonhos e está muito focado em conseguir uma vaga para a próxima Olimpíada.
O desafio

A competição, que conta com a parceria do Kayak Extremo Paraná, aconteceu em um dos trechos mais técnicos do Rio Iguaçu e exigiu habilidades avançadas para corredeiras das classes 4 e 5. A modalidade de alto desempenho não apenas desafia seus praticantes, mas também evidencia o potencial do rio para o turismo de aventura, ao mesmo tempo em que reforça o sentimento de pertencimento da população em relação ao Iguaçu.
Após a prova, os canoístas seguiram rio abaixo, por mais 15 quilômetros, para conhecer ainda mais as peculiaridades do Iguaçu. “O kayak extremo permite acesso a áreas remotas, proporcionando uma conexão única com o meio ambiente. Justamente por estarem afastadas, essas regiões muitas vezes não recebem a devida atenção, tornando sua preservação um desafio. Essa prova é uma oportunidade de destacar a importância desse patrimônio natural”, considerou o organizador do evento, Fernando Amaral, da Kayak Extremo Paraná.
Os competidores contaram com o suporte da Rumo Logística, que forneceu um trem para levar os atletas à área da prova, uma região de difícil acesso. “Apoiar essa iniciativa é uma forma de ratificar nossa cultura, que passa pela sustentabilidade, pela preservação da biodiversidade. Este estudo aprofundado sobre as condições do Rio Iguaçu é muito importante para o bem-estar das populações locais. Por isso, para nós, foi um prazer enorme transportar de trem os atletas do kayak até o local da prova, realçou Daniel Rockenbach, CEO da Malha Sul da Rumo.
Saúde Única
E o projeto encabeçado pelo Pequeno Príncipe desenvolvido pela empresa Ô Mata, também promotora do Mata Atlântica EcoFestival, está em sintonia com o princípio definido como Saúde Única. Esse conceito estabelece uma abordagem multissetorial, transdisciplinar e integrada que visa a equilibrar de forma sustentável a saúde humana, animal e dos ecossistemas, consideradas interdependentes.
E diante de desafios enfrentados pelo Iguaçu como a poluição, ocupação desordenada e intervenções que comprometem sua biodiversidade, o Pequeno Príncipe propôs um estudo aprofundado sobre as condições do rio e sua relevância para o bem-estar das populações locais. O levantamento trará elementos ambientais, históricos e socioeconômicos de um trecho de aproximadamente 30 quilômetros do rio – da ponte férrea Engenheiro Bley, entre Lapa e Balsa Nova, até Porto Amazonas.
“O Iguaçu tem importância estratégica para o abastecimento de água, geração de energia, pesca e turismo ecológico. Mais do que nunca, precisamos colocar em prática o conceito de ‘pensar globalmente e agir localmente’. Iniciativas como essa mostram que a saúde vai muito além do atendimento hospitalar, envolvendo também a preservação ambiental e a qualidade de vida das futuras gerações”, destacou José Álvaro Carneiro, diretor-corporativo do Complexo Pequeno Príncipe.
Outras atividades
Ainda no sábado foi realizado um pedal noturno no centro histórico da Lapa, que contou com cerca de 25 ciclistas. Organizado pelo projeto em parceria com o Jeca Bikes, o passeio teve o apoio da Prefeitura da Lapa e foi aberto a toda a comunidade, sem restrição de idade.
Além do Desafio do Canivete, do pedal noturno da Lapa e do estudo técnico, o projeto prevê outras atividades esportivas e recreativas ao ar livre nas cidades onde as pesquisas estão sendo realizada: Balsa Nova, Lapa e Porto Amazonas. A intenção é reforçar o vínculo da comunidade com o Rio Iguaçu e incentivar a interação saudável entre as pessoas e a natureza.
No dia 10 de abril, cerca de cem alunos das escolas municipais de Porto Amazonas participarão do programa Aventuras Urbanas. A ação tem como objetivo sensibilizar as crianças sobre a importância do Rio Iguaçu e da preservação ambiental. O envolvimento dos estudantes desde cedo fortalece a consciência ecológica e o sentimento de pertencimento, incentivando-os a serem agentes de mudança em suas comunidades.
Já no domingo, dia 27 de abril, também em Porto Amazonas, a programação prevê uma caminhada de 10km, saindo da Biquinha até o Haras Valente, uma grande ação de limpeza das margens do Rio Iguaçu, além do Torneio de Pesca do Lambari, tanto para crianças quanto para adultos. Haverá ainda sessões de ioga, atividades recreativas para crianças e uma exposição do comércio local, reforçando o envolvimento da população com a preservação e valorização do rio.
“Acreditamos no esporte como ferramenta de transformação social. A prática esportiva aumenta a autoestima e a autoconfiança, atua no desenvolvimento motor e cognitivo, melhora o sono, a qualidade de vida e ainda reduz os riscos de doenças físicas e psíquicas”, afirmou Aristides de Athayde, diretor institucional da empresa Ô Mata – Produção de Natureza, responsável pelo desenvolvimento do projeto.