Cigarro eletrônico atrai adolescentes e pode causar doenças

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Cigarro eletrônico atrai adolescentes e pode causar doenças

No Dia Mundial Sem Tabaco, o Pequeno Príncipe chama atenção para complicações que substâncias nocivas presentes no dispositivo podem causar
31/05/2022
cigarro eletrônico
Não há comprovação científica de que o cigarro eletrônico contribua para cessar a dependência por cigarros de papel.

 

Apesar de ser proibido no Brasil pela Anvisa desde 2009, adolescentes e jovens têm acesso fácil ao cigarro eletrônico por meio da comercialização na internet, no comércio informal ou adquiridos no exterior. Estudo realizado pelo Datafolha com uma parcela representativa da população brasileira com 18 anos ou mais, em 2021, revela que 9% dos entrevistados já experimentaram esse tipo de dispositivo. Por isso, neste Dia Mundial Sem Tabaco, lembrado em 31 de maio, o Hospital Pequeno Príncipe chama atenção para complicações que substâncias nocivas presentes no dispositivo podem causar.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o mecanismo de funcionamento do cigarro eletrônico permite simular o ato de fumar um cigarro convencional, mas ao contrário desse, no qual a folha do tabaco é queimada, no cigarro eletrônico uma solução líquida é vaporizada para ser inalada. O líquido, que contém nicotina e outros produtos químicos, inclusive ervas, é aquecido com o uso de bateria. Esse dispositivo é chamado também de cigarro vape, e-cigarro, e-cig ou e-cigarette.

Riscos do cigarro

Os adolescentes podem começar a usar o cigarro eletrônico por curiosidade ou atraídos pela ideia de que ele pode ajudar a deixar o tabagismo. Porém, o pediatra Nilton Kissel, do Hospital Pequeno Príncipe, explica que esse dispositivo tem várias substâncias que podem causar malefícios, como a nicotina, o propilenoglicol ou glicerol e aditivos com sabores. Em alguns dispositivos, são acrescentadas ainda ervas como o THC (tetrahidrocanabidinol), o principal componente psicoativo da maconha.

O médico alerta também que há o risco de explosão desse dispositivo, já que ele funciona com uma bateria para aquecimento e formação do vapor que é inalado. “Não há comprovação científica de que o cigarro eletrônico contribua para cessar a dependência por cigarros de papel. Pelo contrário, há estudos que evidenciaram risco quadruplicado de tabagismo para as pessoas que iniciam com o dispositivo eletrônico que contém nicotina”, pontua o pediatra.

O especialista ressalta que a mesma orientação relativa a cigarros de papel serve para os eletrônicos, ou seja, o tabagismo pode matar e causar danos também aos fumantes passivos. A SBP chama a atenção ainda para o perigo da publicidade de cigarros eletrônicos em outros países e na internet, que apela para cores, cheiros e sabores que conquistam os adolescentes.

Efeitos

O cigarro eletrônico tem mais de 80 compostos, cujas combinações são até então desconhecidas. O pediatra do Pequeno Príncipe destaca alguns componentes e seus efeitos nocivos à saúde. São eles:

  • Nicotina: dependência, danos cerebrais e cardiovasculares, aceleração do crescimento de tumores malignos.
  • Formaldeído e acetaldeído: câncer.
  • Metais pesados: déficit imunológico e cardiovascular.

Doença associada ao uso de cigarros eletrônicos

A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) emitiu alertas à comunidade pneumológica sobre doenças pulmonares relacionadas ao uso de dispositivos eletrônicos de fumar, ou EVALI (E-cigarette, or vaping, product use associated injury), após uma epidemia da doença nos EUA em 2019. Segundo especialistas, 15% dos casos de EVALI nos EUA eram de menores de 18 anos. A maioria usava o THC (derivado da maconha) acompanhado ou não de nicotina. Os primeiros sinais da doença são tosse, falta de ar, dor no peito, náusea, vômito, diarreia; febre e calafrio. O quadro causa pneumonia e evolui em poucas semanas.

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